O responsável pela unidade aeroespacial da Guarda Revolucionária, Amirali Hajizadeh, citado na nota de imprensa, realçou que o teste foi bem-sucedido.
Esta foi a primeira vez que o Irão usou um foguetão de combustível sólido, em vez de um de combustível líquido, acrescentou.
O general revelou ainda que o país do Médio Oriente irá produzir motores mais leves para foguetões, para outros projetos espaciais.
Segundo Amirali Hajizadeh, o dispositivo que carregava o satélite era feito de um material compósito, em vez de metal, e considerado mais económico.
O material compósito é, de uma forma geral, mais caro de produzir do que os seus equivalentes metálicos, noticia a agência AP.
Os compósitos tornam o foguetão mais leve para que este possa carregar um satélite ou mais carga útil para a órbita.
A agência oficial de notícias iraniana não revelou nenhuma imagem deste lançamento.
Os lançadores de satélites utilizam geralmente um motor de combustível líquido, mas os equipados com motor de combustível sólido podem ser adaptados para plataformas de lançamento móveis, que podem movimentadas para qualquer lugar através do sistema rodoviário ou ferroviário.
Foguetões de combustível sólido são normalmente associados a sistemas de mísseis balísticos.
No mês passado, o Irão revelou que lançou para o espaço um foguetão de transporte de satélite com três dispositivos, sem acrescentar se algum dos aparelhos tinha entrado na órbita da Terra.
O Departamento de Estado norte-americano referiu na altura que mantém a preocupação com o programa espacial do Irão, considerado que representa "uma preocupação significativa com a proliferação" relacionada com o programa de mísseis balísticos de Teerão.
Estes lançamentos ocorrem num momento em que decorrem as negociações sobre o acordo nuclear com o Irão e as potências mundiais.
Estas negociações foram reiniciadas no final de novembro, após um intervalo de cinco meses, entre Teerão e os países ainda signatários do pacto (França, Reino Unido, Alemanha, Rússia e China), com os Estados Unidos a participar indiretamente nas negociações em Viena.
O principal objetivo das discussões é incluir novamente no pacto os Estados Unidos, que o deixaram unilateralmente em 2018, e levar Teerão a respeitar novamente os seus compromissos, que foram rompidos em reação ao restabelecimento das sanções norte-americanas ao Irão.
O Irão há muito que garante que não pretende ter armas nucleares e insiste que os lançamentos de satélites e testes de foguetões não têm uma componente militar.
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