Cazaquistão. Amnistia pede libertação de jornalistas e ativistas

A Amnistia Internacional instou hoje as autoridades do Cazaquistão a libertar os jornalistas e ativistas detidos arbitrariamente por noticiarem os protestos dos últimos dias.

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© Alexandr Kuznetsov/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
12/01/2022 08:56 ‧ 12/01/2022 por Lusa

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Cazaquistão

A Amnistia Internacional instou hoje as autoridades do Cazaquistão a libertar os jornalistas e ativistas detidos arbitrariamente por noticiarem os protestos dos últimos dias.

"Também devem ser libertadas de imediato todas as pessoas que se encontram sob custódia (das autoridades) e que não cometeram delitos reconhecidos internacionalmente e que foram detidas por infrações à legislação que é injustificadamente restritiva sobre o direito de reunião, no Cazaquistão", diz a Amnistia Internacional (AI), através de um comunicado. 

A organização não-governamental, com sede em Londres, pede também às autoridades cazaques para investigar, de forma imparcial, todas as denúncias sobre violações de direitos humanos, incluindo a força usada de "forma letal" contra os manifestantes. 

"Não há nada mais importante, neste momento, do que o livre acesso à informação independente. É preciso estabelecer responsabilidades por todas as violações contra os direitos humanos e conseguir garantias de que as autoridades assumam o compromisso pelo respeito em relação aos direitos humanos no futuro", sublinha a diretora da AI para a Europa de Leste e Ásia Central, Marie Struthers.

A Amnistia Internacional assinala que até ao momento não se conhece o número exato de vítimas da violência que se registou nos últimos dias no Cazaquistão.

"As autoridades confirmaram que morreram, pelo menos, 18 elementos dos corpos de segurança mas até agora não revelaram o número de vítimas entre a população civil", frisa o mesmo comunicado.

A AI recorda que uma conta no sistema de mensagens Telegram vinculado ao governo informou que 164 pessoas morreram mas que a informação foi retirada de imediato tendo as autoridades justificado a publicação do texto como "falha técnica".

"O silêncio das autoridades sobre o número de vítimas dos distúrbios e as circunstâncias das mortes é indignante. A informação sobre as vítimas deve ser transmitida de imediato", escreve Struthers. 

Os protestos que se registaram no Cazaquistão a 02 de janeiro provocaram o pedido de envio de uma missão militar liderada pela Rússia para o país rico em hidrocarbonetos.

A crise foi provocada pelo aumento do preço do gás liquefeito, que provocou inicialmente manifestações pacíficas em várias cidades do país.

Foram os maiores protestos ocorridos no Cazaquistão desde a independência, há três décadas.

 

Leia Também: Presidente acusa ex-chefe de Estado de ter criado "casta de ricos"

 

 

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