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Venezuelanos desejam melhorias económicas e fim da pandemia em 2022

Melhorias na economia, regresso dos familiares emigrados e fim da pandemia da Covid-19 são alguns dos desejos dos venezuelanos para o próximo ano, quando faltam apenas horas para a chegada de 2022.

Venezuelanos desejam melhorias económicas e fim da pandemia em 2022
Notícias ao Minuto

09:36 - 31/12/21 por Lusa

Mundo Venezuela

Querem ainda mais visível o lado humanitário das pessoas e que ninguém passe fome nos seus lares.

"Que terminemos de sair desta pandemia, que tanto mudou as nossas vidas, e que seja um ano produtivo para todos. Que a situação no país melhore consideravelmente e também a nível global, em termos de saúde, economia, política e questões sociais", disse à Lusa Angely de Santiago.

"Que sejamos mais humanos, calorosos e que saibamos agradecer mais", afirmou esperar a licenciada em administração.

Já o engenheiro de sistemas informáticos Óscar Martínez explicou que "espera que haja um crescimento económico, porque a situação está muito difícil".

E também que "se reduza a diáspora" venezuelana para que quem ficou no país não tenha que "usar os telefones para comunicar-se com os familiares" no estrangeiro.

"Tenho parentes fora que queria abraçá-los à meia-noite, desejar-lhes um feliz ano", explicou.

Sobre a covid-19, disse que chegou a ter esperanças de que terminaria, mas "com a nova variante Ómicron" tem o pressentimento de que os venezuelanos voltarão a estar encerrados nas suas casas.

O comerciante informal Leonel García desejou que, já em janeiro, não haja confinamento restrito, como medida de prevenção da covid-19, além de uma mudança de Governo no país, poder trabalhar e que os políticos "deixem de dizer tanta mentira".

Com os estudos de bacharelato recém-concluídos, a jovem Jaikel Miranda pediu "mais consciência" sobre o que acontece no mundo e alertou ver "muita pobreza, os corações estão ficando frios".

Por isso, pediu aos venezuelanos que rezem mais, por acreditar que, além da covid-19, "virão mais calamidades e coisas fortes".

Para o ferreiro José Luís Bolívar, 2022 tem que ser "um ano mais próspero", que a pandemia termine. "União, que sejamos mais humanos", pediu.

"Não há trabalho, não houve (em 2021) prosperidade. Eu ainda consigo algum trabalho, mas tenho vizinhos e amigos que da mesma maneira que se levantam também se deitam, sem conseguir nada", acrescentou.

O principal desejo da administradora Victória Martínez é a erradicação da pandemia. Está preocupada pela nova variante Ómicron e por isso pediu acesso a vacinas e mais consciência perante esta "nova normalidade".

Esteve emigrada e no regresso a Caracas encontrou "uma realidade diferente da que tinha vivido". Disse não querer que falte comida nas casas do país e pediu aos venezuelanos que aproveitem muito "o tempo em família" e sejam felizes onde estiverem.

Para o comerciante Rodrigo Eleizalde é fundamental uma melhor economia, menos inflação e "políticas públicas que beneficiem" as comunidades.

Reclamou um melhor controlo da pandemia e está preocupado que "depois do Dia de Reis" aumentem as restrições locais, porque "a variante Ómicron, que ataca a Europa, já chegou à Venezuela".

Além disso, pediu mais trabalho, qualidade de vida e respeito, e disse que a Venezuela precisa de mais ajuda internacional.

"Portugal e os portugueses foram precursores da história na Venezuela. Os Europeus construíram este país, agora os venezuelanos têm que dar continuidade ao que o primeiro mundo nos deixou há 50 anos", indicou.

Acrescentou que apenas quatro das 20 pessoas que compõem o seu agregado familiar estão emigradas: "agora tudo é por Instagram, Skype, por redes" sociais.

Também o mecânico Darwin Marín desejou que "a economia se arranje, que haja mais emprego, para que os familiares possam regressar do estrangeiro".

Outro comerciante, Jeremy López disse querer paz, progresso, mais solidariedade e entreajuda, casar-se e progredir profissionalmente, acreditando que só Deus determinará quando chegará a cura para a pandemia da covid-19.

Sobre familiares e amigos que emigraram, lamentou: "não é igual estar cara a cara, sentir o calor deles, o laço familiar, que os ver por videochamada ou telefones".

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