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Washington condena encerramento de portal de notícias de Hong Kong

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, condenou o encerramento do meio de comunicação social 'online' de Hong Kong Stand News, afirmando que prejudicava "a credibilidade" do território.

Washington condena encerramento de portal de notícias de Hong Kong
Notícias ao Minuto

06:30 - 30/12/21 por Lusa

Mundo China

"Ao silenciar os 'media' independentes, a China e as autoridades locais minam a credibilidade e viabilidade de Hong Kong", disse na quarta-feira, em comunicado.

"As autoridades que têm confiança em si próprias e não têm medo da verdade acolhem uma imprensa livre", sublinhou Blinken.

O Stand News anunciou, na quarta-feira, a cessação imediata de todas as operações, depois de a polícia ter detido seis membros atuais ou antigos da direção do portal sob a acusação de "publicação sediciosa", ao abrigo de uma lei colonial, datada de 1938 e esquecida durante décadas.

O superintendente do Departamento de Segurança Nacional da polícia de Hong Kong, Steve Li, afirmou que ativos num total de 61 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de sete milhões de euros) foram congelados pelas autoridades.

De acordo com o portal 'online' Hong Kong Free Press, Li disse que o Stand News publicou "materiais sediciosos", com a intenção de causar ódio ao Governo, ao poder judicial e descontentamento entre o público.

"Há fortes indícios de que estes meios de comunicação social em linha e outros chamados 'frente internacional' conspiraram para incitar ao ódio contra o governo, e puseram em perigo a segurança nacional através da sua plataforma", afirmou o responsável, citado pelo mesmo portal.

O Stand News, considerado próximo da oposição pró-democracia local, é a segunda empresa de comunicação social de Hong Kong a ser visada pelas autoridades.

Em junho, o jornal Apple Daily fechou, depois de os bens terem sido congelados e os executivos detidos, ao abrigo da lei de segurança nacional.

Este lei, imposta pela China à região semiautónoma em junho de 2020, visa punir atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras com penas que podem ir até à prisão perpétua.

A transferência de soberania em Hong Kong, do Reino Unido para a China, ocorreu em 1997, tendo sido acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judicial, com Pequim a ser responsável pelas relações externas e defesa.

Leia Também: Milhares de polacos manifestam-se contra nova lei sobre os 'media'

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