"Apelamos a todos os aliados para que invistam mais urgentemente, individual e coletivamente, para garantir planos totalmente financiados e capacidades fiáveis para preparar, dissuadir e defender", disseram os líderes dos países, reunidos em Vilnius, capital da Lituânia, numa declaração conjunta.
"Estamos a caminhar para atingir pelo menos 5% do PIB em investimentos em defesa e relacionados com a defesa para enfrentar as ameaças e desafios de segurança", disseram os líderes, que estiveram reunidos com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, poucas semanas antes da próxima cimeira da Aliança em Haia.
O comunicado -- assinado por 14 Estados-membros da NATO, incluindo os Nove de Bucareste (Bulgária, República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia e Eslováquia) e as nações nórdicas - lembrou que "a Rússia continua a ser a ameaça mais significativa, direta e de longo prazo à segurança euro-atlântica", para justificar que a Aliança continue a "adaptar a abordagem à Rússia".
"A Aliança deve estar preparada para todas as contingências possíveis", pode ler-se na declaração conjunta, emitida momentos antes de o Presidente lituano, Gitanas Nauseda, se apresentar perante a imprensa ao lado de Rutte, da primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, e dos homólogos romeno e ucraniano, Nikosor Dan e Volodymyr Zelensky, respetivamente.
"Em momentos como estes, a união é o mais importante; juntos somos fortes", insistiu Nauseda, que se mostrou satisfeito com o resultado de uma reunião "produtiva e franca" de líderes em Vilnius.
Rutte comentou que a Aliança Atlântica está a enfrentar "o ambiente de segurança mais perigoso das últimas décadas", uma vez que "a guerra na Ucrânia continua e as ameaças terroristas persistem".
Os líderes de países-membros da NATO concordaram também em expressar a incerteza sobre a possibilidade de os Estados Unidos repensarem a presença na Europa, perante os sinais recentes da Casa Branca do Presidente Donald Trump.
Ainda assim, durante a conferência de imprensa, Rutte declarou não ter "absolutamente nenhuma indicação" de uma alteração da posição norte-americana face à Europa, descrevendo os Estados Unidos como "comprometidos com a NATO".
"Trump já repetiu isto muitas vezes. Por isso, a minha única sugestão a muitos colegas europeus é que liguem as televisões para que o possam ouvir dizer isto", comentou o secretário-geral da NATO.
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