"Eu sei que Deus nos escutará para que Lula volte a ser Presidente do Brasil", clamou a atual vice-Presidente da Argentina e ex-Presidente (2007-2015), Cristina Kirchner.
"Apresento-lhes o meu querido companheiro Lula, que vai ser o Presidente do Brasil", disse também o ex-Presidente do Uruguai, José 'Pepe' Mujica (2010-2015), ao passar a palavra a Lula.
Os dois líderes discursaram perante uma multidão na Praça de Maio, no Dia da Democracia e dos Direitos Humanos, para celebrar os 38 anos desde a recuperação da Democracia na Argentina, depois de sete anos de uma das ditaduras mais férreas da América Latina.
Além de José Mujica e de Cristina Kirchner, foram oradores no evento o próprio Lula e o Presidente argentino, Alberto Fernández.
Antes do evento, representantes de organizações de Direitos Humanos também apontaram a Presidência do Brasil como o próximo passo de Lula.
"Esperemos que Lula volte a ser Presidente do Brasil", disse Taty Almeida, líder das Mães da Praça de Maio.
"A Presidência tem de vir a qualquer custo. Nós vamos ajudá-lo, vamos acompanhá-lo", acrescentou a líder das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto.
Adolfo Pérez Esquivel, prémio Nobel da Paz em 1980 e uma das personalidades que mais reivindicou a liberdade de Lula durante os 580 dias em que o brasileiro esteve preso, também disse "esperar que Lula, no próximo ano, seja o Presidente do Brasil".
"Espero que aconteça, Lula, para o Brasil e para toda a América Latina", afirmou Pérez Esquivel, depois de receber o agradecimento de Lula pela ajuda durante o período na prisão.
Lula recebeu uma placa comemorativa "pela sua trajetória a favor dos Direitos Humanos dos povos e pela sua contribuição para a construção e unidade da Pátria Grande". "Pátria Grande" é como os líderes de esquerda da região chamam à integração latino-americana.
Segundo diversas sondagens, o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o favorito para ganhar as próximas eleições do Brasil, em outubro de 2022, embora o brasileiro ainda não tenha formalizado a sua candidatura.
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