Biden conclui cimeira para a democracia sob críticas de Pequim e Moscovo

O presidente dos EUA, Joe Biden, concluiu a sua cimeira virtual para a democracia sob fortes críticas da China e da Federação Russa, mas também algumas de proveniência interna.

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Lusa
11/12/2021 07:16 ‧ 11/12/2021 por Lusa

Mundo

Joe Biden

A democracia "não conhece fronteiras, fala todas as línguas e vive nos militantes anticorrupção, nos defensores dos direitos humanos, nos jornalistas", disse aos participantes, via videoconferência.

Os EUA vão ficar ao lado dos que "permitem aos seus povos respirar livremente e não asfixiam a sua população com uma mão de ferro", disse.

O presidente democrata, com 79 anos, que repete com insistência que o mundo atingiu um ponto de viragem na oposição entre autocracias pujantes e democracias ameaçadas, tinha prometido, no primeiro dia da cimeira, 424 milhões de dólares de apoio à liberdade de imprensa, a eleições livres e às campanhas de luta contra a corrupção.

"A democracia tem necessidade de campeões", declarou.

Mas a sua tentativa de reafirmar os EUA como referência democrática confrontou-se com numerosas críticas.

A lista dos convidados -- uma centena de governos, as organizações não-governamentais, empresas e organizações filantrópicas -- provocou a cólera dos excluídos, designadamente China e Federação Russa.

A irritação de Pequim foi tanto maior quanto Taiwan, que considera uma província sua, foi convidada.

Mas Joe Biden também foi alvo de críticas nos EUA, desde logo pelos republicanos, que lhe apontaram não ter sido mais intransigente cm a China.

Por outro lado, Daniel Ellsberg, um crítico da guerra do Vietname, criticou a Casa Branca por procurar a extradição de Julian Assange, que é pretendido pelos EUA por ter revelado informação confidencial sobre as guerras no Afeganistão e Iraque.

"Como é que Biden ousa dar lições, durante a sua cimeira para a democracia, ao mesmo tempo que recusa amnistiar" o fundador da Wikileaks, escreveu Ellsberg, na rede social Twitter.

Joe Biden "assassina a liberdade de imprensa em nome da 'segurança nacional'", considerou este antigo 'whistleblower' (lançador de alertas).

Um inquérito do centro de sondagens Pew, realizado na primavera de 2021, apurou que apenas 17% das pessoas interrogadas em 16 países desenvolvidos "consideram a democracia nos EUA como um modelo a seguir".

Porém, 57% "pensam que já foi um bom exemplo, mas que não o tem sido nos últimos anos".

Leia Também: Líderes internacionais elogiam resultados da Cimeira para a Democracia

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