Em comunicado, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, indica que entre os punidos estão altos funcionários do Ministério do Interior e das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba, sem adiantar as identidades.
"Antes de 15 de novembro, o regime cubano intimidou ativistas com gangues apoiados pelo governo, confinou jornalistas e membros da oposição nas suas casas", lê-se no comunicado.
Antony Blinken também destacou que as autoridades cubanas "anularam as credenciais de jornalistas para sonegar a liberdade de imprensa" e "detiveram de forma arbitrária cidadãos cubanos que tentavam manifestar-se pacificamente".
Como consequência, as pessoas sancionadas não vão poder entrar nos Estados Unidos.
O secretário de Estado observou ainda que os Estados Unidos vão continuar a usar todos os seus "instrumentos diplomáticos e económicos para garantir a libertação dos presos políticos e apoiar o apelo do povo cubano por mais liberdade".
Há duas semanas, o responsável do Departamento de Estado norte-americano para a América Latina, Brian Nichols, criticou a força policial das autoridades cubanas, que "sufocaram" o protesto convocado para 15 de novembro, destacando que o regime cubano "tem medo da voz do seu povo".
A marcha do 15N, convocada por ativistas com mais de um mês de antecipação e declarada ilegal pelo Governo, acabou por não se realizar e o dia foi normal em Cuba, apenas com a presença nas ruas de mais agentes policiais, fardados ou à civil.
No entanto, as autoridades cubanas continuam sem devolver três credenciais aos jornalistas da equipa da agência de notícias EFE em Havana.
Numa pequena nota aos assinantes, a EFE refere que "as decisões das autoridades cubanas nos últimos meses dizimaram a equipa da delegação" da agência em Havana, indicando que, atualmente, apenas dois jornalistas podem trabalhar.
"A EFE espera poder recuperar a sua habilidade informativa na ilha nos próximos dias", é acrescentado.