ONU pede ambiente pacífico e sem medo para eleições nas Honduras

A Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos pediu hoje às Honduras que garanta um ambiente propício para que as eleições de domingo decorram de forma pacífica, transparente e sem medo, após uma série de assassínios no país.

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Lusa
23/11/2021 15:13 ‧ 23/11/2021 por Lusa

Mundo

Honduras

Michelle Bachelet lembrou que, desde que as eleições gerais foram convocadas em setembro de 2020, 29 pessoas foram assassinadas nas Honduras.

No domingo, os eleitores hondurenhos vão escolher o presidente, assim como 128 deputados para o Congresso e 20 para o Parlamento Centro-Americano.

A Alta-Comissária expressou preocupação com a violência política no país centro-americano e o seu gabinete alertou que as eleições serão realizadas num contexto "muito tenso e polarizado".

"Condeno todos os atos de violência e apelo aos atores envolvidos para que compartilhem as suas opiniões e preocupações de forma pacífica. A violência não é, e nunca deveria ser, a resposta", disse a ex-Presidente chilena, num comunicado.

Os hondurenhos "têm o direito de votar em paz e de eleger os seus representantes sem se sentirem inseguros, coagidos ou amedrontados. Conto com todos os atores envolvidos para se comprometerem com isso", sublinhou Michelle Bachelet.

O Gabinete da Alta-Comissária denunciou, na mesma nota, que muitos atores políticos têm utilizado amplamente o "discurso do ódio como instrumento", inclusivamente contra pessoas que defendem os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.

Bachelet solicitou uma investigação exaustiva e imparcial de todos os atos de violência política, dos quais foram vítimas tanto pessoas vinculadas ao Partido Nacional de Honduras (do governo, conservador), como às duas principais forças de oposição, o Partido Liberdade e Refundação (esquerda) e o Partido Liberal.

A Alta-Comissária da ONU também expressou a sua preocupação com a restrição do espaço cívico no país, onde membros da sociedade civil e defensores dos direitos humanos são regularmente perseguidos e agredidos.

Desde o início do ano, a delegação do Gabinete da Alta-Comissária da ONU nas Honduras registou 240 ataques contra defensores dos direitos humanos e jornalistas.

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