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Afeganistão. Apelo para ajuda urgente foi "financiado a 100%", diz ONU

A ONU anunciou hoje que foi "financiado a 100%" o apelo que lançou para recolher 606 milhões de dólares (538,8 milhões de euros) até ao final do ano para atenuar os efeitos da crise humanitária no Afeganistão.

Afeganistão. Apelo para ajuda urgente foi "financiado a 100%", diz ONU
Notícias ao Minuto

12:22 - 23/11/21 por Lusa

Mundo Afeganistão

"Podemos anunciar que o apelo de urgência está financiado a 100%", disse hoje em Genebra Jens Laerke, porta-voz do Gabinete para a Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla em inglês). 

Os principais doadores são os Estados Unidos, os países europeus e o Japão, explicou o porta-voz, referindo-se ao apelo que foi lançado numa reunião ministerial das Nações Unidas, em Genebra, há dois meses. 

"A resposta em relação ao Afeganistão está a intensificar-se. Entre os dias 01 de setembro e 15 de novembro, as Nações Unidas e as organizações não-governamentais forneceram ajuda alimentar a 7,2 milhões de pessoas e prestou cuidados médicos a cerca de 900 mil pessoas", disse ainda Laerke.  

Segundo a ONU, quase 200 mil pessoas afetadas pela seca receberam ajuda, através da distribuição de água, com recurso ao envio de camiões-cisterna, e 178 mil crianças, com menos de cinco anos de idade, receberam ajuda humanitária.

O porta-voz indicou, por outro lado, que "os compromissos financeiros não foram todos traduzidos em ações no terreno" devido a problemas em relação ao sistema bancário e financeiro e às sanções impostas contra os talibãs, no poder em Cabul desde o passado dia 15 de agosto.

"A maior parte da população ainda precisa de ajuda humanitária de urgência", disse.

"Os acessos melhoraram recentemente. Temos acesso a todas as regiões do Afeganistão. O grande problema agora é evitar o colapso económico do país", acrescentou.

De acordo com a ONU, o Afeganistão está perante "uma grave crise humanitária", com mais de metade a população em risco de não conseguir alimentos durante o inverno.

A escassez de alimentos é causada por uma seca associada à crise económica, que se agravou desde que foi proclamado o Emirado Islâmico, pelas forças talibãs. 

As instituições financeiras internacionais suspenderam as ajudas ao país e Washington congelou os cerca de 9,5 mil milhões de dólares (8,4 mil milhões de euros) de bens do Banco Central do Afeganistão.

Leia Também: Atentado à bomba em Cabul provoca pelo menos dois mortos

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