Uma investigação realizada pela Assembleia do estado de Nova Iorque, que durou oito meses, descobriu “provas esmagadoras” de assédio sexual por parte do antigo governador do estado, Andrew Cuomo, avança o The New York Times.
Esta investigação corrobora assim as conclusões da investigação liderada pela procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, que se revelou o derradeiro golpe que levou Cuomo a demitir-se do cargo de governador.
A investigação também concluiu que Cuomo abusou do poder para produzir um livro sobre a sua liderança durante a pandemia, e que lhe rendeu 5,1 milhões de dólares (cerca de 4,5 milhões de euros). Cuomo recorreu a funcionários do estado e a recursos públicos para o ajudar a escrever, publicar e promover o livro, o que deve representar uma violação das leis éticas do estado.
O relatório da investigação divulgado esta segunda-feira indica ainda que o antigo governador democrata “não foi totalmente transparente relativamente ao número de pessoas que morreram nos lares como resultado da Covid-19”.
Um dos membros da comissão da Assembleia de Nova Iorque já tinha afirmado na semana passada que, face às conclusões desta investigação, seria “razoável” inferir que houve uma ligação entre o acordo de 5,1 milhões de dólares para o livro de Cuomo e a decisão de manipular os dados sobre os óbitos causados pela Covid-19 nos lares de Nova Iorque.
Cuomo criticou a investigação da procuradora-geral de Nova Iorque e, também, teceu críticas ao inquérito conduzido pela Assembleia estatal, através da sua advogada.
“O relatório da Assembleia simplesmente repete como um papagaio o relatório com falhas da procuradora-geral, falhando em captar os muitos erros e omissões do relatório da procuradora-geral e a sua investigação unilateral e parcial”, disse a advogada Rita Glavin.
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