Pablo Casado criticado em Espanha por marcar presença em missa de Franco

O PP explicou que a presença do líder na missa em memória do ditador foi uma "coincidência".

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Fábio Nunes
22/11/2021 19:37 ‧ 22/11/2021 por Fábio Nunes

Mundo

Pablo Casado

Pablo Casado, o líder do Partido Popular (PP), o principal partido da oposição em Espanha, está a ser criticado por ter marcado presença numa missa em memória do ditador Francisco Franco no 46.º aniversário da sua morte, este sábado.

A presença de Casado na missa não caiu bem junto dos partidos de esquerda do espectro político de Espanha, que exigem explicações ao líder do PP, adianta o The Guardian. 

Pablo Casado foi visto na missa, que decorreu numa igreja localizada ao lado da catedral de Granada. Casado estava na Andaluzia para uma conferência do partido e, segundo fontes do PP, foi à missa porque achava que não ia conseguir deslocar-se à igreja no domingo devido aos compromissos que tinha agendados.

O PP confirmou que Pablo Casado esteve na missa em memória de Franco, mas sublinhou que se tratou de uma mera “coincidência”. Porém, esta explicação não está a convencer os partidos da esquerda.

Um porta-voz do PSOE, o partido que lidera a coligação governamental em Espanha, considerou a presença de Casado na missa um “insulto totalmente irresponsável”.

Já Pablo Echenique, porta-voz do Unidas Podemos, o parceiro de coligação do PSOE, urgiu Casado a dar explicações. “No último sábado houve 10 missas em memória de Franco e há cerca de 23 mil igrejas. A probabilidade de aleatoriamente ir parar a uma dessas missas é de 0,05% - no entanto, de acordo com fontes do PP, Pablo Casado conseguiu fazê-lo”, escreveu Echenique no Twitter.

Por outro lado, Iñigo Errejón, o líder do Más País ressalvou que, mesmo que Casado tenha estado inadvertidamente na missa em memória do ditador, tem de abordar o assunto.

“Se isto tivesse acontecido noutro país, se a Angela Merkel estivesse a viajar pela Alemanha, estivesse em Munique e fosse a uma igreja onde as pessoas estivessem a prestar homenagem a Adolf Hitler, então tenho a certeza que no dia seguinte ela diria ‘Estava errada. Não queria estar lá e peço desculpa se ofendi os democratas do meu país’”, destacou Errejón.

Este incidente ocorreu numa altura em que o PP continua a liderar as sondagens, apesar de tensões no seio do partido relacionadas com a direção ideológica que o PP está a ter.

Leia Também: Ativistas da Femen protestam em evento de evocação de Franco

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