Yunior García, líder dos dissidentes cubanos, aterrou hoje em Madrid

O artista cubano Yunior García Aguilera, um dos promotores da marcha convocada na passada segunda-feira para exigir mudanças políticas em Cuba, aterrou hoje em Madrid, segundo fontes do governo espanhol e da dissidência cubana em Espanha.

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Lusa
17/11/2021 15:37 ‧ 17/11/2021 por Lusa

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O artista chegou a Espanha com a sua mulher com um visto turístico num voo comercial, indicaram fontes governamentais em Madrid à agência noticiosa espanhola EFE.

García, de 39 anos, esteve trancado em sua casa em Havana durante todo o dia de segunda-feira, bloqueado por agentes da segurança do Estado cubano e afastado dos meios de comunicação por uma bandeira cubana que tapava o edifício.

As forças de segurança cubanas impediram o ativista e dissidente de atravessar o centro de Havana a pé, no que pretendia ser uma antecipação dos protestos convocados em todo o país que pediam uma mudança política.

Yunior García incomodou o governo cubano ao dar um rosto à iniciativa da plataforma virtual Archipiélago (Arquipélago) de marchar, em 15 de novembro, apelando a uma mudança política, à liberdade de expressão e à libertação dos denominados "presos políticos".

O objetivo da marcha, segundo explicou o artista à EFE em entrevista há alguns dias, era "sacudir um país, consciencializar as pessoas, gerar um debate que provoque mudanças", algo que espera que aconteça "da forma mais pacífica e cívica possível".

Ainda hoje, as autoridades cubanas decidiram devolver as acreditações de outros dois jornalistas da agência espanhola, depois de os terem retirado no sábado, divulgou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) espanhol.

No sábado, nas vésperas da manifestação, Cuba retirou as acreditações a cinco jornalistas da EFE na capital cubana, sem lhes dar uma razão para tal.

No domingo, dois deles receberam-nas de volta e, dos outros três, dois devem obter a acreditação hoje, disse à agência francesa France-Presse um porta-voz do MNE espanhol.

"Não desistiremos até que todas as acreditações tenham sido devolvidas e o visto seja concedido" ao novo chefe de gabinete da EFE, prosseguiu o porta-voz.

Estas medidas contra a imprensa internacional por parte do regime cubano surgiram num contexto político tenso, com as autoridades comunistas a proibirem a manifestação que a oposição planeava realizar na segunda-feira.

O governo cubano tinha denunciado uma tentativa de desestabilização no país organizada por pessoas financiadas pelos Estados Unidos.

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