Sánchez incentiva Turquia a aplicar reformas no sentido da integração
O chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, vai transmitir esta semana ao Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, o apoio de Espanha para que Ancara avance com as reformas necessárias e possa vir no "futuro" a integrar a União Europeia.
© PETRAS MALUKAS/AFP via Getty Images
Mundo Pedro Sánchez
De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, a posição de Sánchez vai ser transmitida na VII Reunião de Alto Nível entre a Espanha e a Turquia, presidida por Erdogan na quarta-feira, em Ancara.
Espanha participa no encontra com seis ministros, entre os quais a ministra da Defesa, Margarita Robles e o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares.
Segundo as fontes da EFE, a presença de um número tão alargado de ministros explica a forma como se vai abordar durante a reunião as questões relacionadas com o Mediterrâneo Oriental, as relações comerciais, os problemas migratórios e os planos de colaboração na área da Defesa.
A última cimeira entre a Espanha e Turquia realizou-se em Madrid, em 2018, sendo que Sánchez pretende transmitir a Erdogan a "mensagem de apoio" sobre a futura integração da Turquia na União Europeia "cumprindo os requisitos necessários".
Nesse sentido, as fontes da agência espanhola referem que Madrid vai "incentivar" Ancara a avançar com as reformas necessárias para que se possam "abrir as portas" do bloco europeu, nomeadamente nas questões relacionadas com a "justiça".
A cimeira realiza-se poucas semanas depois de ter sido atenuada uma crise diplomática entre Ancara e dez países ocidentais, tendo a Turquia anunciado que iria expulsar os respetivos embaixadores.
Os representantes diplomáticos da Alemanha, Dinamarca, França, Finlândia, Holanda, Suécia, Noruega, Nova Zelândia, Canadá e Estados Unidos tinham assinado uma declaração conjunta que pedia a libertação do empresário Osman Kavala que se encontra preso preventivamente há mais de quatro anos na Turquia.
Erdogan considerou o texto "inaceitável", mas acabou por recuar não expulsando os embaixadores.
Segundo a EFE, o Palácio da Moncloa sublinha as "boas relações" entre os dois países, sendo que existe a intenção de recuperação das perdas na balança comercial registadas após o início da crise sanitária e que representam 13 mil milhões de euros.
Neste contexto são esperados acordos de cooperação nos âmbitos das energias renováveis, desporto e trabalho.
Nas questões de Defesa, os dois países pertencem à NATO, sendo que Espanha vai organizar a próxima cimeira da organização, em 2022.
Por outro lado, a questão da "crise migratória" na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia também deve ser abordada.
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