A França não reconhece a vitória do chefe de Estado da Bielorrússia nas eleições de agosto de 2020.
O embaixador francês, Nicolas de Lacoste, abandonou Minsk no domingo e vai assumir o cargo de enviado especial para a Bielorrússia, mantendo-se a embaixada a funcionar, referiu um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Paris.
A expulsão de Lacoste é "injustificada" e ocorre após "varias decisões negativas" levadas a cabo por Minsk que "reduziram os meios de ação" da embaixada francesa na capital da Bielorrússia.
Assim, Paris indica que tomou "medidas proporcionais" sobre a embaixada de Minsk em Paris e que "já foram comunicadas às autoridades" da Bielorrússia.
O mesmo porta-voz acrescentou que Lacoste foi expulso depois de Minsk ter aguardado pelo final da autorização especial que foi acordada em 31 de agosto de 2020, depois de o embaixador se ter negado a apresentar as credenciais a Lukashenko "em coerência com a posição comum europeia de não reconhecer a legitimidade do resultado das presidenciais".
De acordo com as regras diplomáticas, disse o porta-voz, as credenciais foram apresentadas, na altura, ao ministro dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia.
A França não reconheceu o resultado das eleições presidenciais do ano passada o que provocou manifestações de protesto no país depois de terem sido expostas pela oposição suspeitas de fraude por parte de Lukashenko que concorreu pela sexta vez ao cargo.
A União Europeia e os Estados Unidos adotaram sanções contra Minsk pela repressão contra as manifestações.
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