Desmantelada rede que planeava ataques armados na Argélia

Os serviços de segurança argelinos disseram hoje que desmantelaram uma rede do Movimento pela Autodeterminação de Cabília (MAK) que estava a planear ataques armados, na Argélia, com o apoio de cúmplices estrangeiros, informou a imprensa local.

Bandeira da Argélia

© iStock

Lusa
13/10/2021 23:59 ‧ 13/10/2021 por Lusa

Mundo

DGSN

Num comunicado, a Direção-Geral de Segurança Nacional (DGSN) adiantou que, além do desmantelamento, a polícia deteve 17 pessoas nas províncias de Tizi Ouzou, Bejaïa e Bouira, em Cabília (nordeste).

Os detidos planeavam realizar "ataques armados destinados a prejudicar a segurança do país com a cumplicidade de partidos internos que defendem o separatismo", acrescentou a DGSN.

De acordo com o comunicado, os suspeitos confessaram ter estado "em contacto permanente, através da Internet, com entidades estrangeiras que operam disfarçadas de associações e organizações da sociedade civil sediadas no organismo sionista (Israel) e num país do Norte de África".

O país do Norte de África apontado não foi identificado, mas a Argélia já havia cortado relações com Marrocos, em agosto, acusando de apoiar o MAK.

Para a Argélia, trata-se de uma linha vermelha, que se opõe a qualquer vontade de independência de Cabília, uma região de língua berbere no nordeste do país.

Antes da rutura com Marrocos, Argel convocou o seu embaixador em Rabat, em julho, para reuniões, após o diplomata marroquino na ONU ter divulgado uma nota, na qual considerava que "o valente povo cabila" merecia "gozar o seu direito à autodeterminação".

O diplomata marroquino expressou assim o apoio ao separatismo cabila em reação à ajuda dada por Argel aos separatistas da Polisario no Saara Ocidental que lutam contra Marrocos.

A recente normalização das relações diplomáticas entre Marrocos e Israel -- em troca de um reconhecimento norte-americano da 'soberania' marroquina sobre o território em disputa -- aumentou ainda mais as tensões com a Argélia, um fervoroso apoiante à causa palestiniana.

Leia Também: Irmão de ex-Presidente argelino condenado a dois anos de prisão

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