Desmantelada rede que planeava ataques armados na Argélia
Os serviços de segurança argelinos disseram hoje que desmantelaram uma rede do Movimento pela Autodeterminação de Cabília (MAK) que estava a planear ataques armados, na Argélia, com o apoio de cúmplices estrangeiros, informou a imprensa local.
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Mundo DGSN
Num comunicado, a Direção-Geral de Segurança Nacional (DGSN) adiantou que, além do desmantelamento, a polícia deteve 17 pessoas nas províncias de Tizi Ouzou, Bejaïa e Bouira, em Cabília (nordeste).
Os detidos planeavam realizar "ataques armados destinados a prejudicar a segurança do país com a cumplicidade de partidos internos que defendem o separatismo", acrescentou a DGSN.
De acordo com o comunicado, os suspeitos confessaram ter estado "em contacto permanente, através da Internet, com entidades estrangeiras que operam disfarçadas de associações e organizações da sociedade civil sediadas no organismo sionista (Israel) e num país do Norte de África".
O país do Norte de África apontado não foi identificado, mas a Argélia já havia cortado relações com Marrocos, em agosto, acusando de apoiar o MAK.
Para a Argélia, trata-se de uma linha vermelha, que se opõe a qualquer vontade de independência de Cabília, uma região de língua berbere no nordeste do país.
Antes da rutura com Marrocos, Argel convocou o seu embaixador em Rabat, em julho, para reuniões, após o diplomata marroquino na ONU ter divulgado uma nota, na qual considerava que "o valente povo cabila" merecia "gozar o seu direito à autodeterminação".
O diplomata marroquino expressou assim o apoio ao separatismo cabila em reação à ajuda dada por Argel aos separatistas da Polisario no Saara Ocidental que lutam contra Marrocos.
A recente normalização das relações diplomáticas entre Marrocos e Israel -- em troca de um reconhecimento norte-americano da 'soberania' marroquina sobre o território em disputa -- aumentou ainda mais as tensões com a Argélia, um fervoroso apoiante à causa palestiniana.
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