Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
14º
MIN 13º MÁX 19º

Colômbia aprova pela primeira vez eutanásia a mulher sem doença terminal

Martha Sepúlveda, de 51 anos, sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA) e já perdeu parte dos movimentos.

Colômbia aprova pela primeira vez eutanásia a mulher sem doença terminal
Notícias ao Minuto

14:22 - 09/10/21 por Notícias ao Minuto

Mundo Eutanásia

A Colômbia aprovou, pela primeira vez na sua história, a eutanásia a uma mulher com uma doença não terminal, depois de, em julho, o Tribunal Constitucional do país ter alargado a morte assistida a estes pacientes.

É ela Martha Sepúlveda, de 51 anos, doente com esclerose lateral amiotrófica (ELA) há três. Nos últimos tempos, a colombiana perdeu parte dos seus movimento o que a levou, assim como as dores, a fazer um pedido de autorização para poder recorrer à eutanásia, no dia 27 de julho.

Cerca de uma semana depois, a 6 de agosto, Martha soube que o seu pedido tinha sido aceite e o tão aguardado desfecho marcado para este domingo, dia 10 de outubro, às 7h30, horas da Colômbia.

Aos meios de comunicação social colombianos, o filho garantiu que Martha “está feliz”. “A minha mãe está tranquila e feliz porque lhe autorizaram a morrer dignamente. A vida dela é literalmente um inferno. Ela vai morrer no domingo, às 7h, e está feliz”, revelou o único filho de Martha, Federico, de 22 anos, à BBC Mundo.

Na mesma entrevista, o jovem revelou que apesar de querer a mãe perto de si, de precisar dela, tem consciência de que ela “já não vive, apenas sobrevive”. “Ela não quer viver acamada. Não conseguir falar, não conseguir engolir. É doloroso e indigno. No início de 2021, a minha mãe começou a perder a força nas pernas, precisava de apoio mesmo para andar em casa, para ir ao quarto de banho”, contou Federico.

Por essa razão, o jovem apoia, “com todo o amor”, a decisão da mãe assim como os 11 irmãos desta.

Martha já tinha dado uma entrevista ao canal de televisão colombiano Caracol, onde se tinha mostrado serena com a aproximação da data, frisando que, para si, a morte é “um descanso”. Durante a conversa, a mulher revelou ainda ser “uma pessoa católica, alguém que crê muito em Deus” e, por isso mesmo, acredita que “Deus não quer ver ninguém sofrer”.

Leia Também: Mais de um milhão de pessoas pede referendo em Itália sobre eutanásia

Recomendados para si

;
Campo obrigatório