"O Japão exprime uma profunda ansiedade e a sua inquietação face a esta decisão", refere um comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros, onde também se indica que "a decisão do Conselho da Federação da Rússia arrisca-se a aumentar a tensão na região e comprometer a paz e a estabilidade da comunidade internacional".
A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após a queda do ex-presidente Ianukovich, por causa da Crimeia, península do sul do país onde se fala russo e está localizada a frota da Rússia do Mar Negro.
A câmara alta do parlamento russo aprovou no sábado, por unanimidade, um pedido do presidente Vladimir Putin para autorizar "o recurso às forças armadas russas no território da Ucrânia".
Esta decisão surgiu um dia depois da denúncia da Ucrânia de que a Rússia fez uma "invasão armada" na Crimeia.
Reunidos hoje em Bruxelas, os embaixadores dos 28 Estados-membros da NATO solicitaram o envio de observadores internacionais para a região da Crimeia e exortaram ao diálogo entre Moscovo e Kiev.
Já o presidente norte-americano, Barack Obama, telefonou a Vladimir Putin a quem pediu para fazer recuar as forças russas para as bases na Crimeia, advertindo-o contra um isolamento internacional crescente, se mantiver a intervenção na Ucrânia.
A administração norte-americana fez igualmente saber, em comunicado oficial, que decidiu suspender a sua participação nas reuniões preparatórias da cimeira do G8 (Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Japão e Rússia).
Por seu lado, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, exortou a Rússia a renunciar ao envio de tropas em direção à Ucrânia e respeitar as leis e compromissos internacionais.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros da União Europeia vão reunir-se de urgência na segunda-feira para analisar a situação na Ucrânia.