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Essuatíni responsabiliza "elementos estrangeiros" por agitação no país

O executivo do Essuatíni responsabilizou "elementos estrangeiros" pela agitação no país, que tem sido palco de manifestações, por vezes violentas, contra aquela que é a última monarquia absoluta em África.

Essuatíni responsabiliza "elementos estrangeiros" por agitação no país
Notícias ao Minuto

18:33 - 01/07/21 por Lusa

Mundo Essuatíni

"Estes atos não são obra de cidadãos do Essuatíni, mas de terroristas e bandidos", argumentou o primeiro-ministro interino do reino, Themba Masuku, na estação de rádio nacional, onde apelou ao povo para "não se deixar enganar por elementos estrangeiros", noticia a agência France-Presse (AFP).

O Reino do Essuatíni, anteriormente conhecido como Suazilândia, tem sido palco, nos últimos dias, de manifestações contra aquela que é a última monarquia absoluta em África.

Os protestos são raros no Essuatíni, onde os partidos políticos estão proibidos há décadas, mas nas últimas semanas irromperam protestos violentos em partes do território contra aquela que é a última monarquia absoluta de África.

Segundo ativistas da sociedade civil, pelo menos oito pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em confrontos com a polícia.

Durante o dia de hoje, África do Sul e Reino Unido reagiram à agitação no país localizado na fronteira entre o primeiro e Moçambique.

A África do Sul apelou às forças de segurança para "exercerem total contenção e salvaguardem as vidas e os bens do povo".

Já o ministro britânico para África, James Duddridge, escreveu no Twitter que "a escalada de violência, incluindo as pilhagens, é profundamente preocupante".

Na quarta-feira, Estados Unidos da América pediram também às autoridades para "exercer contenção".

Também a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) apelou hoje às autoridades locais para respeitarem os direitos dos cidadãos e as leis internacionais.

O governo da antiga Suazilândia "deve garantir que as forças de segurança agem dentro da lei" e devem "evitar o uso arbitrário da força", disse Dewa Mavhinga, diretora da Human Rights Watch para a África Austral, citada num comunicado da organização.

No país vivem cerca de mil portugueses, disse à Lusa o cônsul-honorário de Portugal em Mbabane, capital do reino de Essuatíni, Carlos Lopes.

Carlos Lopes deixou na quarta-feira um apelo à comunidade portuguesa "para que se mantenha calma e em casa", numa altura em que o governo decretou a lei marcial e impôs um recolher obrigatório noturno.

Na semana passada, o Governo proibiu manifestações e o comissário da polícia nacional, William Dlamini, alertou que os seus homens iriam adotar uma política de "tolerância zero".

No poder desde 1986, o rei Mswati III, que tem 14 mulheres e mais de 25 filhos, é alvo de críticas pelo seu punho de ferro e pelo seu estilo de vida luxoso num país em que dois terços dos 1,3 milhões de habitantes vivem abaixo do limiar da pobreza.

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