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Cabo Verde: Igreja inicia celebrações dos 500 anos da Diocese de Santiago

A Igreja Católica de Cabo Verde vai iniciar em 2023, com 10 anos de antecedência, comemorações dos 500 anos da Diocese de Santiago, esperando envolver toda a sociedade e dar a conhecer o percurso histórico, foi hoje anunciado.

Cabo Verde: Igreja inicia celebrações dos 500 anos da Diocese de Santiago
Notícias ao Minuto

15:09 - 30/06/21 por Lusa

Mundo Cabo Verde

"Para nós e para todo o Cabo Verde trata-se de um acontecimento muito importante", disse o cardeal Arlindo Furtado, em conferência de imprensa, na cidade da Praia, sobre a preparação dos 500 anos da Diocese de Santiago de Cabo Verde, erigida em 31 de janeiro de 1533 pela bula Pró Excellenti Praeeminentia, do Papa Clemente VII.

A Igreja Católica é ainda mais antiga, mas a Diocese de Santiago foi criada em 1533, estabeleceu a sua sede na cidade da Ribeira Grande, cresceu e acompanhou toda a história de Cabo Verde, segundo o também bispo que lidera a Diocese.

Em 2023, por ocasião dos 490 anos, vai dar-se início às celebrações, que vão decorrer sob o tema "Diocese de Santiago de Cabo Verde, 500 anos de uma Igreja Consciente e Missionária" e sob o lema global "Ide e ensinai. Eu estarei sempre convosco".

Para o efeito, já foi criada uma comissão preparatória, que vai receber as propostas e sugestões de atividades a serem desenvolvidas, que podem ser enviadas para o e-mail cppc500.diocesesantiagocv@gmail.com, enquanto outras informações podem ser encontradas numa página criada no Facebook.

"Um acontecimento desta dimensão também requer uma preparação condigna, longa", salientou o chefe da Igreja Católica cabo-verdiana, que espera uma colaboração e envolvência de todos os setores sociais, no país e na diáspora, independentemente do credo religioso.

Vão ser convidados países como o Vaticano, Portugal e Brasil e as "Igrejas-irmãs", que foram sendo aos poucos desmembradas da sede inicial, a última das quais foi a Guiné-Bissau, em 1940, num território da diocese que ia desde o sul do Senegal até à atual Serra Leoa e Libéria.

Questionado sobre o porquê de começar tão cedo as comemorações, o Cardeal respondeu que a história de Cabo Vede é muito fragmentada e é uma "oportunidade única" para o país conhecer melhor a sua história.

"Há muito trabalho de investigação a ser feito, porque os documentos nem sempre são acessíveis e temos que reunir diversos historiadores, com diversas sensibilidades, para poderem fazer um trabalho conjunto, o mais abrangente possível", afirmou.

Além das quatro ilhas que atualmente fazem parte da Diocese de Santiago (Maio, Santiago, Fogo e Brava), Arlindo Furtado garantiu que as atividades vão envolver todo o país, que era uma só diocese, até à criação, em 2003, da do Mindelo, que integra as ilhas de Santo Antão, São Vicente, São Nicolau, Sal e Boa Vista.

O Bispo disse que ainda não há um orçamento base para as atividades, garantindo que isso só será possível quando o programa estiver "mais ou menos" esboçado, mas espera mobilizar recursos, não só da Igreja, mas também de outras entidades públicas para realizar pelo menos até 98% dos projetos.

"Porque 500 anos da Diocese não interessam apenas à Igreja no sentido estrito, interessa fundamentalmente à sociedade cabo-verdiana, por isso estamos confiantes na medida das nossas possibilidades e vamos avançar", disse.

Até 2033, dois dos desejos do bispo de Santiago é ver restaurada a Sé Catedral da Cidade Velha, em Ribeira Grande, e a construção de uma nova catedral na Praia, que considera que irá valorizar muito não só a cidade capital, mas o país, que é laico e onde cerca de 95% da população é católica.

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