A interrupção foi sentida em toda a rede de energia da Europa e a Polónia precisou de importar energia de urgência da Alemanha, Suécia, República Checa e Eslováquia para substituir a que é produzida em Belchatow, que fornece até 20% da energia do país, servindo 11 milhões de famílias.
As autoridades da Polónia atribuíram também a erro humano um incêndio ocorrido alguns dias depois da interrupção numa mina de "carvão castanho" (linhito) contígua à central e que a alimenta.
O presidente do conselho de administração da rede de energia polaca PSE, Eryk Klossowski, disse na terça-feira a uma comissão parlamentar especial que a suspensão do serviço foi causada por um funcionário que estava a instalar um equipamento automático num interruptor.
Isso desencadeou uma série de acontecimentos que desligou as unidades da central de Belchatow, adiantou Klossowski à comissão, segundo a PAP.
Também o incêndio resultou de uma série de erros de funcionários que não respeitaram procedimentos rígidos de segurança, disse a chefe da empresa estatal de mineração e energia PGE GiEK, Wioletta Czmiel-Grzybowska, à comissão parlamentar.
A responsável adiantou que quatro funcionários foram despedidos.
O carvão representa 65% das fontes de energia da Polónia, incluindo 17% de linhito (carvão fóssil com alto teor de carbono e de cor castanha).
A mina e a central de energia de Belchatow são o maior poluidor individual da Europa e estão sob pressão para fechar, já que a União Europeia se esforça para cumprir as suas ambiciosas metas climáticas, refere a agência noticiosa norte-americana Associated Press.
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