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Brasil investiga indícios de crime na compra da vacina Covaxin

O Ministério Público Federal (MPF) do Brasil está a investigar a compra da vacina indiana Covaxin realizada pelo Governo central, após identificar indícios de crime no contrato de aquisição do imunizante, informaram hoje 'media' locais.

Brasil investiga indícios de crime na compra da vacina Covaxin
Notícias ao Minuto

17:55 - 22/06/21 por Lusa

Mundo Covid-19

O Estado de S.Paulo destacou, a partir de documentos do Ministério das Relações Exteriores, que o Governo brasileiro comprou a vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% mais caro do que, seis meses antes, era anunciado pelo fabricante.

Citando um telegrama sigiloso da embaixada brasileira em Nova Délhi de agosto do ano passado, ao qual teve acesso, o jornal destacou que o imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha o preço estimado em 100 rúpias (1,34 dólares a dose ou 1,12 euros).

Em fevereiro passado, o Brasil pagou 15 dólares por dose (12,5 euros). Esta foi a mais cara das seis vacinas compradas até agora pelo Brasil.

A ordem para a aquisição desta vacina terá partido pessoalmente do Presidente do país, Jair Bolsonaro, e a negociação durou cerca de três meses, prazo bem mais curto que o de outros acordos firmados com fabricantes de vacinas usadas no país.

Já o Folha de S.Paulo destacou que o MPF brasileiro desmembrou e transferiu a investigação sobre este caso, ao identificar indícios de crime no contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, empresa que intermediou as negociações para a aquisição da vacina da Bharat Biotech.

Com o surgimento de indícios de crime, a parte relacionada ao contrato para a compra da Covaxin foi enviada ao 11.º Ofício de Combate ao Crime e à Improbidade Administrativa.

Citando um despacho do MPF, o jornal destacou que os investigadores identificaram uma "temeridade do risco" assumido pelo Ministério da Saúde com a contratação relacionada à Covaxin, "a não ser para atender a interesses divorciados do interesse público".

"A omissão de atitudes corretivas da execução do contrato, somada ao histórico de irregularidades que pesa sobre os sócios da empresa Precisa e ao preço elevado pago pelas doses contratadas, em comparação com as demais, torna a situação carecedora de apuração aprofundada, sob duplo aspeto, cível e criminal", afirmou a procuradora Luciana Loureiro, que conduziu o inquérito civil público.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 502.586 vítimas mortais e mais de 17,9 milhões de casos confirmados de covid-19.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.875.359 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: Bharat Biotech. Covaxin protege contra principais variantes

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