O acidente ocorreu por volta das 04h00 locais (09h00 de Lisboa), ao quilómetro 40 da estrada entre as cidades turísticas de Nasca e Puquio, numa área montanhosa e de geografia acidentada pertencente ao distrito de Leoncio Prado, da região andina meridional de Ayacucho, situada a 450 quilómetros a sudeste de Lima.
No local do acidente, foram encontrados pelo menos 14 cadáveres, segundo reportou à imprensa local uma corporação de bombeiros de Nasca, cujos membros participaram no resgate das vítimas.
Outras pessoas que ficaram feridas no acidente morreram durante o transporte para o hospital Ricardo Cruzado Rivarola, de Nasca, precisou à emissora de rádio RPP o diretor do hospital, Víctor Núñez.
Entre os sobreviventes, há dois feridos com gravidade que foram transferidos para a cidade de Ica, capital da região homónima a que Nasca pertence.
De acordo com os primeiros relatos do acidente, o veículo da empresa de transportes Palomino transportava um grupo de cerca de 50 trabalhadores de uma empresa mineira, num trajeto de 50 quilómetros em direção à cidade de Arequipa, quando saiu da estrada, por razões ainda desconhecidas, e capotou várias vezes ao longo de uma íngreme ravina de mais de 200 metros.
Durante a queda, deixou espalhados os corpos de várias pessoas, que só puderam ser recolhidos quando os bombeiros conseguiram chegar ao local, de difícil acesso.
Este foi o segundo acidente mortal grave em 10 dias: a 08 de junho, 17 pessoas morreram quando um autocarro caiu numa ravina na região de La Libertad, a 500 quilómetros a norte de Lima.
Os acidentes desta dimensão são habituais nas estradas do Peru, causados, na sua maioria, pela imprudência dos condutores, o mau estado do piso e do parque automóvel e as condições adversas da geografia.
Anualmente, morrem no Peru cerca de 3.000 pessoas em acidentes de viação, a maioria por atropelamento, e cerca de 55.000 ficam feridas, segundo números do Conselho Nacional de Segurança Rodoviária.
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