PR de Cabo Verde gostava que progresso da Guiné Equatorial fosse "rápido"
O Presidente de Cabo Verde e em exercício da CPLP assumiu hoje que gostaria que a Guiné Equatorial tivesse um progresso político "mais rápido", depois de se comprometer a abolir a pena de morte na adesão à organização.
© Reuters
Mundo Cabo Verde
"Como Presidente de Cabo Verde e da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa], e como cidadão democrata, gostaria de ver um progresso político na Guiné de forma mais rápida e clara", afirmou Jorge Carlos Fonseca, à saída da cerimónia de atribuição do título 'Honoris Causa' pela Universidade Portucalense, no Porto.
Contudo, o chefe de Estado cabo-verdiano sublinhou ter sido nesta presidência da CPLP, que foi prolongada devido à pandemia de covid-19, que pela primeira vez se definiu um programa de integração neste organismo da Guiné Equatorial.
E, com base nesse programa, têm sido feitas várias missões de avaliações, apontando a responsabilidade de todos em ajudar a Guiné Equatorial a "sintonizar-se cada vez mais" com os princípios da CPLP, ressalvou.
"Vamos trabalhar para que esta integração seja feita de forma crescente", considerou Jorge Carlos Fonseca.
A abolição da pena de morte foi um dos compromissos da Guiné Equatorial aquando da adesão à CPLP, durante a presidência timorense da organização, na cimeira de Díli, em 2014.
Devido à pandemia de covid-19, o mandato da presidência cabo-verdiana acabou por ser prolongado por mais um ano e terminará oficialmente com a cimeira de chefes de Estado e de Governo agendada para 16 e 17 de julho, em Luanda, assumindo Angola a liderança.
A Guiné Equatorial assegurou, em março deste ano nas Nações Unidas, que o novo Código Penal, a aprovar pelo parlamento, acaba com a pena de morte, mas juristas equato-guineenses defendem que não garante a abolição e reclamam mudanças legislativas mais amplas.
Jorge Carlos de Almeida Fonseca frisou que de 21 a 23 de junho estará em visita oficial à Guiné Equatorial como Presidente de Cabo Verde e da CPLP e, nessa altura, fará a avaliação do que tem sido o percurso deste país no cumprimento do programa.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os Estados-membros da CPLP.
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