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Morreu clérigo Mohtashamipur, um dos fundadores do Hezbollah libanês

O proeminente clérigo iraniano Ali Akbar Mohtashamipur, que foi ministro do Interior e um dos fundadores do movimento xiita libanês Hezbollah, morreu hoje aos 74 anos devido a complicações da covid-19.

Morreu clérigo Mohtashamipur, um dos fundadores do Hezbollah libanês
Notícias ao Minuto

16:10 - 07/06/21 por Lusa

Mundo Irão

Mohtashamipur morreu no hospital, no norte de Teerão, após ter sido infetado com o novo coronavírus, noticiou a agência estatal iraniana IRNA.

O clérigo foi ministro do Interior entre 1985 e 1989, deputado por duas vezes e embaixador do Irão na Síria no início da década de 1980, altura em que desempenhou um papel importante na criação do Hezbollah.

O seu gabinete destacou hoje em comunicado que dedicou a sua vida "ao islão e à revolução, à libertação de Quds (Jerusalém) e à defesa dos oprimidos", segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

Em 1984 foi alvo de uma tentativa de assassínio, que se suspeita ter sido realizada pelos serviços secretos israelitas, Mossad, através de uma bomba camuflada num livro, que ao explodir feriu gravemente Mohtashamipur, que perdeu uma mão.

Aliado próximo do primeiro supremo líder, o 'ayatollah' Khomeini, Mohtashamipur era considerado da "linha dura" iraniana, mas nos últimos anos juntou-se à causa dos reformistas, na esperança de mudar a teocracia da República Islâmica a partir de dentro, segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press.

Fundou um jornal liberal chamado 'Bayan', que foi proibido pelas autoridades e apoiou os líderes da oposição Mir Hossein Musavi e Mahdi Karrubi nos protestos do Movimento Verde que se seguiram à disputada reeleição em 2009 do então presidente Mahmud Ahmadinejad.

Mohtashamipur, que usava um turbante preto identificando-o na tradição xiita como um descendente direto do profeta Maomé, viveu na cidade sagrada xiita de Najaf, no Iraque, durante 10 anos após aquelas eleições.

Muitos responsáveis iranianos já expressaram condolências pela sua morte, entre os quais o supremo líder, o 'ayatollah' Ali Khamenei, que destacou os "serviços revolucionários" e as "importantes responsabilidades" de Mothashamipur na República Islâmica.

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