Nepal volta a dissolver parlamento e vai a eleições em novembro

A presidente do Nepal dissolveu hoje o parlamento pela segunda vez em cinco meses e convocou eleições gerais para novembro, na sequência do fracasso na formação de um governo maioritário, anunciou hoje o gabinete da chefe de Estado.

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© Prabin Ranabhat/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
22/05/2021 12:22 ‧ 22/05/2021 por Lusa

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Nepal

 

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"A presidente (...) dissolveu a atual Câmara dos Representantes e estabeleceu a primeira volta das eleições gerais para 12 de novembro e a segunda volta para 19 de novembro", avançou uma nota do gabinete da Presidente Bidhya Devi Bhandari, num momento em que o país atravessa uma nova vaga da pandemia de covid-19, com as autoridades a assinalarem cerca de 200 mortos por dia, mas que os especialistas dizem estar longe dos números reais.

Na origem da decisão esteve mais uma ronda de conversações políticas fracassadas, nas quais nem o primeiro-ministro comunista Khadga Prasad Sharma Oli nem o líder da oposição Sher Bahadur Deuba, líder do partido Congresso Nepalês, de centro-direita, conseguiram uma maioria para formar um novo governo.

Paralelamente, as rivalidades políticas entre Khadga Prasad Sharma Oli e os seus antigos aliados maoístas reacenderam-se perante novo agravamento da situação epidemiológica no país, à qual se soma a escassez de oxigénio para assistência nos serviços de saúde e a falta de vacinas disponíveis.

O primeiro-ministro tinha acabado de ser reintegrado em 13 de maio, dias após ter saído do cargo depois de perder uma moção de confiança no parlamento. Sharma Oli, de 69 anos, viu ser-lhe concedido um mês para preparar um novo voto de confiança, mas, confrontado com dificuldades na obtenção de apoio, a Presidente acabou também por sondar outros partidos para formar um governo.

Bidhya Devi Bhandari, do partido no poder e vista como próxima do primeiro-ministro, foi novamente criticada por aprovar rapidamente a exigência do Sharma Oli de novas eleições, numa decisão que pode voltar a ser contestada nos tribunais.

Já em dezembro, Sharma Oli tinha pedido à Presidente para dissolver o Parlamento, e ela tinha apelado à realização de novas eleições para abril ou maio. No entanto, várias manifestações contestaram durante dois meses a dissolução nas ruas de Katmandu, levando o Supremo Tribunal a restabelecer o parlamento e a considerar a medida "inconstitucional".

Nomeado primeiro-ministro em 2018, Sharma Oli obteve uma maioria de dois terços no parlamento graças à fusão do seu partido, o CPN-UML, e o Partido Comunista do Nepal (Centro Maoísta), dos antigos rebeldes.

A aliança tinha suscitado a esperança de uma maior estabilidade política para um país abalado pelo sismo de 2015 e por anos de governos de curta duração, depois de uma década de guerra civil terminada em 2006. Contudo, o líder maoísta Pushpa Kamal Dahal voltou a virar-se contra o Sharma Oli e precipitou nova dissolução do parlamento.

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