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Brasil diz que recebeu com "esperança" cessar-fogo na Faixa de Gaza

O governo brasileiro indicou na sexta-feira que recebeu com "esperança" o anúncio de cessar-fogo na Faixa de Gaza e agradeceu os "bons ofícios" do Egito e do Catar na mediação "pelo fim das hostilidades".

Brasil diz que recebeu com "esperança" cessar-fogo na Faixa de Gaza
Notícias ao Minuto

09:18 - 22/05/21 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

Num comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro manifestou "confiança de que as partes envolvidas se engajem [empenhem] na implementação dos compromissos firmados e trabalhem pelo restabelecimento da calma" e "reafirmou" a sua disposição de "contribuir para a estabilidade regional".

De acordo com o documento, o Governo brasileiro, presidido por Jair Bolsonaro, manteve, nos últimos dias, uma intensa agenda diplomática focada nas "tensões entre Israel e Palestina e "monitorizou permanentemente" a situação através da sua rede de representações diplomáticas, incluindo assistência consular a nacionais brasileiros na região.

Naquela que foi a sua primeira manifestação oficial sobre o cessar-fogo na Faixa de Gaza, acertado na quinta-feira entre Israel e o movimento islâmico Hamas, o executivo de Bolsonaro sublinhou o seu apoio ao "direito israelita de defender-se e de proteger a sua população de tais ataques", numa mensagem que foi transmitida telefonicamente ao executivo de Israel.

"Em 19 de maio, o Ministro das Relações Exteriores, Carlos França, conversou, por telefone, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, General Gabi Ashkenazi, ocasião em que manifestou o repúdio brasileiro ao lançamento indiscriminado de foguetes a partir da Faixa de Gaza, que têm como alvo a população civil, e o apoio ao direito israelita de defender-se e de proteger a sua população de tais ataques", detalha-se no texto.

Ao mesmo tempo, "conclamou todos os países ao respeito estrito do direito internacional humanitário no emprego da força", acrescentou o Ministério.

Já na sexta-feira, o ministro Carlos França reuniu-se com representantes de países árabes acreditados em Brasília, tendo ouvido as preocupações com as consequências humanitárias, económicas e políticas resultantes do conflito.

"Na ocasião, transmitiu apelo em favor da desescalada de ânimos e, em relação a Jerusalém, reiterou o apoio brasileiro a ações capazes de evitar o exacerbamento das tensões, de salvaguardar o acesso aos lugares sagrados de todas as religiões e de assegurar a liberdade de culto naquela cidade", frisa-se no comunicado.

O Governo de Bolsonaro lamentou ainda, "profundamente", que os confrontos tenham "acarretado ampla destruição, milhares de feridos e a irreparável perda de vidas humanas de ambos os lados" e reforçou o compromisso do Brasil com a resolução pacífica do conflito, de modo a permitir que ambos os povos "vivam em paz, segurança e prosperidade, dentro de fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas".

O mais recente reacendimento do conflito israelo-palestiniano, que dura há várias décadas, provocou a morte a pelo menos 232 palestinianos em Gaza, entre os quais 64 menores, e 1.620 feridos.

Em Israel, as autoridades contabilizaram a morte de 12 pessoas, entre as quais dois menores, e 340 feridos.

O cessar-fogo anunciando primeiro por Israel e depois pelo movimento islâmico palestiniano Hamas, no poder na Faixa de Gaza, entrou em vigor na sexta-feira.

Leia Também: Jordânia diz que violência em Jerusalém foi teste a cessar-fogo

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