Vice-presidente da CE realça necessidade de reconversão de carreiras
O vice-presidente da Comissão Europeia defendeu hoje, em Coimbra, a necessidade de apostar na reconversão de carreiras e atualização de competências por forma a dar resposta às presentes e futuras exigências do mercado laboral.
© Reuters
Mundo UE/Presidência
"Atualmente, quase 40% dos empregadores têm dificuldade em encontrar pessoas com as qualificações corretas. Há 80 milhões de pessoas no mercado laboral [europeu] sobrequalificadas ou subqualificadas. É importante que sítios como a Universidade de Coimbra colaborem para desenvolver novas competências para preparar as pessoas para este novo mercado laboral", afirmou Maros Sefcovic, que falava aos jornalistas no final de uma conferência, que decorreu no Colégio da Trindade da Universidade de Coimbra, sobre o futuro dos empregos numa economia verde.
Para o responsável, os jovens têm de estar preparados para um mercado que os vai obrigar a estarem a atualizar as suas competências constantemente "até se reformarem", considerando que o ensino superior está a adaptar-se a estes novos tempos.
As pessoas "têm que adaptar as suas competências porque as mudanças vão ser dramáticas", notou o vice-presidente da Comissão Europeia.
Maros Sefcovic frisou ainda a importância de haver um maior diálogo entre o ensino superior e o setor empresarial, defendendo quer uma maior transferência de conhecimento para as empresas quer maior formação superior, nomeadamente doutoramentos, em contexto empresarial.
"O conhecimento que estamos a criar nas universidades pode ser usado nas empresas. Os estudantes de doutoramento podem estar a trabalhar num ambiente de trabalho real, fazer parte das equipas, das 'startups' ou da investigação que vai para o mercado", disse o vice-presidente, respondendo à agência Lusa, salientando que "não [pode ser] apenas ciência pela ciência, mas ciência para beneficiar todos".
Na conferência, a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, também alertou para a necessidade de se acelerar a reconversão e atualização de competências, num mundo em que "a tecnologia está a mudar tão rapidamente".
Durante a sua intervenção, a membro do Governo realçou ainda a importância de mais estudos interdisciplinares e de uma maior relação entre "as ciências duras" e as ciências sociais.
"Não nos podemos esquecer que somos pessoas, que temos vulnerabilidades e temos que ser ouvidas", salientou.
Apontando para a educação, Ana Paula Zacarias frisou que é necessário questionar o que as crianças aprendem hoje e como estão a ser formados os professores que as ensinam.
"A universidade é o lugar para formar professores e tem uma responsabilidade para a próxima geração. O que ensinamos para o futuro é fundamental", constatou.
Na conferência, participaram vários estudantes, a maioria doutorandos, assim como o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, e o presidente da Associação Académica de Coimbra, João Assunção, entre outros.
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