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Etiópia: Autoridades revogam acreditação de correspondente do NYT

As autoridades etíopes revogaram a acreditação de um correspondente estrangeiro do jornal New York Times (NYT), anunciou hoje o diário norte-americano.

Etiópia: Autoridades revogam acreditação de correspondente do NYT
Notícias ao Minuto

17:59 - 14/05/21 por Lusa

Mundo Jornalismo

De acordo com o NYT, Simon Marks, um irlandês a residir na Etiópia, viu a sua acreditação revogada "dias depois de ter entrevistado vítimas de violência sexual e residentes da região de Tigray que expressaram o seu terror".

O editor internacional do NYT, Michael Slackman, acusou a Etiópia de tentar "silenciar a imprensa independente" e pediu às autoridades para renovarem a acreditação do jornalista.

Adis Abeba tem tentado controlar a cobertura noticiosa desde a intervenção etíope na província de Tigray, em novembro, impondo severas restrições aos órgãos de comunicação social, em particular estrangeiros.

Jornalistas e defensores dos direitos humanos denunciaram, no entanto, as atrocidades cometidas em Tigray pelas tropas etíopes e da vizinha Eritreia.

Vários correspondentes locais e assistentes de órgãos de comunicação social estrangeiros, como agência France-Presse (AFP), Reuters, BBC ou Financial Times, foram detidos enquanto realizavam o seu trabalho nos últimos meses.

O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, Prémio Nobel da Paz em 2019, lançou uma intervenção militar em 04 de novembro para derrubar a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF), o partido eleito e no poder no estado, e declarou a vitória em 28 de novembro, ainda que os combates continuem.

O Exército federal etíope foi apoiado por forças da Eritreia. Depois de vários dias, Abiy Ahmed declarou vitória em 28 de novembro, com a captura da capital regional, Mekele, frente à TPLF que, até à chegada de Abiy Ahmed, controlou a Etiópia durante quase 30 anos.

No entanto os combates continuaram e as forças eritreias são acusadas de conduzirem vários massacres e crimes sexuais.

Leia Também: Etiópia alega que mortos no massacre de Aksum eram combatentes

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