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Jovem recebe carta de vizinho a pedir que use "roupas decentes" no prédio

Mulher partilhou a mensagem nas redes sociais e recebeu o apoio do condomínio.

Jovem recebe carta de vizinho a pedir que use "roupas decentes" no prédio
Notícias ao Minuto

11:19 - 13/05/21 por Notícias ao Minuto

Mundo Brasil

Uma mulher de 22 anos foi surpreendida, no estado brasileiro de Paraná, por uma carta de um vizinho a criticar as roupas que usava no condomínio.

No texto, o homem refere que "como pai de família" sentia "vergonha" e pediu à jovem que mudasse a forma de se comportar, ameaçando conversar com a dona do apartamento.

Ana Paula, que se tinha mudado para aquele prédio apenas uma semana antes, contou que se sentiu "muito humilhada" e fez queixa na polícia.

"Eu mudei-me para lá no dia 1 de maio, quando a situação aconteceu eu estava no prédio há poucos dias e, até aí, ainda não tinha conhecido ninguém", conta, referindo que, quando chegou do trabalho e viu a carta deixada por baixo da porta, acreditou que se tratasse de uma mensagem de boas-vindas ou algo relacionado com a mudança. "Na hora em que li aquelas palavras comecei a sentir repulsa, nojo, comecei a chorar muito porque não queria acreditar naquilo".

Na mensagem, o morador afirmava que no local moram várias pessoas casadas e de várias religiões, e que por isso ela deveria "usar roupas adequadas".

* carta de ASSÉDIO e INJÚRIA * venho compartilhar com vocês a carta que estava embaixo da minha porta hoje. Calúnia,...

Publicado por Ana Paula Benatti em Sexta-feira, 7 de maio de 2021

A jovem, que trabalha na unidade de cuidados intensivos de um hospital, explica que usa farda no trabalho e em casa está normalmente de blusa e calções.

Ana Paula conta ainda que, das únicas vezes que circulou pelo condomínio, foi para sair do prédio e, portanto, sente-se "vigiada" pelo vizinho.

"Eu acho que para ter-me visto estava realmente cuidando da minha vida, me seguindo, porque como sabia o horário para colocar a carta sem eu estar em casa? Como sabia em que apartamento eu morava? Me senti perseguida, vigiada e invadida", revela.

Ainda assim, Ana Paula recebeu o apoio dos responsáveis do condomínio, que no dia seguinte foram falar com ela.
 
"Deram-me apoio, garantiram que vão ajudar no que precisar", explicou ainda.

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