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Jerusalém. Borrell apela a que se faça "o possível para evitar tensões"

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, mostrou-se hoje "profundamente preocupado" com os "recentes confrontos e violência" em Jerusalém Oriental, apelando a que se faça "tudo o que é possível para evitar inflamar as tensões".

Jerusalém. Borrell apela a que se faça "o possível para evitar tensões"
Notícias ao Minuto

17:14 - 10/05/21 por Lusa

Mundo Jerusalém

"Estamos profundamente preocupados com os recentes confrontos e violência incluindo, esta manhã, dentro e à volta do Monte do Templo. É claro que todas as partes devem respeitar plenamente o 'status quo' dos locais sagrados", sublinhou Josep Borrell.

O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança falava em conferência de imprensa depois do Conselho de Negócios Estrangeiros, que reuniu o conjunto dos chefes das diplomacias da UE em Bruxelas, e em que um dos temas debatidos pelos ministros foi a situação em Jerusalém Oriental.

Num dia em que mais de 300 pessoas ficaram feridas em confrontos entre manifestantes palestinianos e a polícia de Jerusalém na Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha de Jerusalém, ocupada e anexada por Israel, Borrell referiu que a situação é "muito séria no terreno".

Abordando as expulsões de famílias palestinianas do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, o chefe da diplomacia europeia sublinhou que estas são "fonte de grande preocupação".

"Estas ações são ilegais no âmbito do direito internacional humanitário e apenas servem para aumentar as tensões no terreno. É importante fazer tudo o que é possível para evitar inflamar as tensões", apontou.

Mais de 300 pessoas ficaram hoje feridas em confrontos na Cidade Velha de Jerusalém entre manifestantes palestinianos e a polícia de Israel, nomeadamente na Esplanadas das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão, que os israelitas denominam Monte do Templo, junto ao Muro das Lamentações, o principal lugar santo dos judeus.

A Cidade Velha situa-se em Jerusalém Oriental, que o Estado hebreu anexou, depois de ocupar. Israel considera que toda a cidade é a sua capital "indivisível" e os palestinianos anseiam fazer da zona oriental a capital do Estado a que aspiram.

Confrontos violentos, os piores há anos, opõem há uma semana manifestantes palestinianos e polícia israelita.

Nas últimas semanas a tensão tem vindo a aumentar num contexto da celebração do mês islâmico sagrado do Ramadão com a polícia israelita a tentar restringir concentrações de palestinianos, o que também acontece numa altura em que famílias palestinianas do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, são ameaçadas de expulsão por Israel.

O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, qualificou hoje os últimos confrontos em Jerusalém de "ataque brutal" da polícia israelita, à qual o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou o seu apoio.

Abbas considerou os confrontos de hoje "um ataque brutal das forças de ocupação israelitas contra os fiéis", enquanto Benjamin Netanyahu saudou a "firmeza" das forças de segurança para garantir a "estabilidade" em Jerusalém. "Apoiamo-los nesta luta justa", disse.

Da parte da comunidade internacional multiplicam-se os apelos à contenção.

Leia Também: Jerusalém. Marcha nacionalista na Cidade Velha foi cancelada

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