Países árabes condenam violência israelita em Jerusalém
ários países árabes, incluindo algumas que recentemente normalizaram relações com Israel, denunciaram hoje as ações do Estado hebreu em confrontos entre palestinianos e forças de segurança israelitas, que deixaram centenas de feridos este fim-de-semana em Jerusalém Oriental.
© AHMAD GHARABLI/AFP via Getty Images
Mundo Israel
Os confrontos durante várias noites na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental entre a polícia israelita e palestinianos são considerados os maiores desde 2017, quando Israel decidiu colocar detetores de metais na entrada do local, para depois desistir da ideia.
Os palestinianos protestam há vários dias contra a possibilidade de várias famílias palestinianas virem a ser despejadas das suas casas em Jerusalém Oriental - numa área da cidade ocupada e anexada por Israel - em favor de colonos israelitas.
As críticas a Israel vieram do Sudão, Marrocos, Emiratos Árabes Unidos e Bahrein, que anunciaram em 2020 a normalização das suas relações com o Estado judaico.
A Argélia, apoiante da causa palestiniana, também manifestou descontentamento.
Cartum considerou as medidas tomadas contra os palestinianos em Jerusalém como "repressão" e "ação coerciva", numa declaração divulgada no sábado à noite pelo ministério sudanês dos Negócios Estrangeiros.
O Sudão exortou o governo israelita a "abster-se de tomar medidas unilaterais que diminuam as hipóteses de retomar as negociações de paz".
Os Emirados e o Bahrein condenaram a rusga das forças de segurança israelitas na sexta-feira na mesquita de Al-Aqsa e a repressão contra os fiéis palestinianos que procuravam abandonar o local.
Abu Dhabi apelou às autoridades israelitas para "assumirem a responsabilidade de reduzir" os níveis de violência em torno da Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do islão e local sagrado para os judeus.
Manama, pelo seu lado, instou o governo israelita a "pôr fim às provocações contra os habitantes de Jerusalém".
A Argélia condenou hoje os "ataques racistas e extremistas registados na cidade ocupada de Al-Quds (Jerusalém em árabe) contra civis palestinianos e a privação da liberdade de culto na Mesquita de Al-Aqsa".
Numa declaração divulgada pelo Ministério argelino dos Negócios Estrangeiros, a Argélia "apela à comunidade internacional, incluindo o Conselho de Segurança das Nações Unidas, para que atue urgentemente no sentido de proporcionar a proteção necessária ao povo palestiniano e aos seus lugares sagrados e de pôr fim a estes atos criminosos e à política de ocupação israelita dos territórios palestinianos".
Marrocos fez também hoje saber que está a acompanhar a situação de violência com "profunda preocupação", acrescentando que o Rei Maomé VI considera "inadmissíveis" "estas violações, que alimentam tensões".
Leia Também: Dois foguetes foram lançados desde Gaza contra Israel
Seguro de vida: Não está seguro da sua decisão? Transfira o seu seguro de vida e baixe a prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com