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Guerrilha Karen toma mais uma base militar do exército birmanês

A guerrilha Exército de Libertação Karen (KNLA na sigla em inglês) tomou hoje uma base militar birmanesa, a segunda em 10 dias, no leste de Myanmar (antiga Birmânia), enquanto aumentam os combates entre o Exército e grupos étnicos armados.

Guerrilha Karen toma mais uma base militar do exército birmanês
Notícias ao Minuto

16:23 - 07/05/21 por Lusa

Mundo Myanmar

O ataque aconteceu dias depois de o Exército, que assumiu o poder através de um golpe militar em 01 de fevereiro, ter sofrido várias baixas em confrontos com duas guerrilhas da chamada Aliança do Norte, no estado de Shan, no nordeste do país.

Os guerrilheiros do KNLA ocuparam hoje a base birmanesa de Eu Thu Hta, no estado Kayin, junto à fronteira com a Tailândia, e apreenderam munições, incluindo granadas de morteiro, numa ofensiva que contou com a ajuda do Exército Arakan (AA, na sigla em inglês), de acordo com o órgão de comunicação social Irrawaddy.

Num vídeo, podem ser vistas várias cabanas em chamas na base militar, que aparentemente foi abandonada momentos antes pelos soldados birmaneses.

Desde 27 de março, o KNLA tomou pelo menos três bases militares do Exército birmanês, que respondeu com ataques aéreos e bombardeamentos contra guerrilheiros e civis Karen, causando pelo menos 19 mortos e mais de 40.000 deslocados.

Muitos desses deslocados estão escondidos em áreas de selva, com falta de alimentos e medicamentos, enquanto as autoridades tailandesas, que inicialmente devolveram os refugiados Karen a Myanmar, disseram ter recebido mais de 2.267 nas últimas semanas.

Na terça-feira e quarta-feira, o Tatmadaw (Exército de Myanmar) sofreu pelo menos uma dúzia de baixas, segundo um depoimento ao Irrawaddy, em confrontos com os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional Ta'ang e Exército da Aliança Democrática Nacional, da Aliança do Norte.

Vários guerrilheiros de minorias étnicas, que representam um terço dos 53 milhões de birmaneses, estão armados há décadas para exigir mais autonomia ou independência, e alguns expressaram apoio ao movimento de desobediência civil contra a junta militar.

Desde o golpe militar, os confrontos entre soldados birmaneses e grupos armados étnicos tem aumentado, enquanto as forças de segurança continuam a reprimir as manifestações contra o golpe.

De acordo com a contagem da Associação para a Assistência de Presos Políticos (AAPP), a junta birmanesa matou 772 civis, incluindo pelo menos 43 menores, e mantém mais de 3.700 pessoas detidas, incluindo a líder do governo deposto, Aung San Suu Kyi.

Leia Também: Myanmar: Governo de Unidade anuncia força para defender cidadãos

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