Dirigente oposicionista da Tailândia libertada sob caução
Uma das dirigentes do movimento pró-democracia na Tailândia, indiciada por insultos à monarquia, foi hoje libertada sob caução após dois meses em detenção.

© Sirachai Arunrugstichai/Getty Images

Mundo Tailândia
Panusaya Sithijirawattanakul, conhecida por Rung, foi libertada contra uma caução de 6.500 dólares (5.400 euros) com proibição de deixar o país e de participar em "atividades consideradas desonrosas para a realeza", indicou a associação Thai Lawyers for Human Rights, que a representa.
Detida desde 08 de março, iniciou uma greve de fome há 35 dias segundo o grupo pró-democracia Front uni de Thammasat, do qual é membro.
Rung e outras figuras destacadas da contestação são acusadas de terem violado a estrita legislação sobre lesa-majestade durante uma concentração no centro de Banguecoque em setembro.
São ainda incriminadas por sedição, à semelhança de 15 outros manifestantes antirregime.
No período mais intenso da mobilização, dezenas de milhares de pessoas desfilaram nas ruas da capital tailandesa para exigir a demissão do primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha, uma nova Constituição e uma reforma da monarquia, tema tabu num país onde a família real é considerada intocável.
O movimento desmobilizou nos últimos meses devido à pandemia de covid-19, mas continuam a ser organizadas manifestações esporádicas.
No domingo, centenas de tailandeses manifestaram-se para exigir a libertação dos presos políticos, arremessando tinta vermelha, tomates e ovos em direção do tribunal penal de Banguecoque.
Um outro líder detido do movimento, Parit Chiwarak, designado Penguin, também iniciou uma greve de fome e foi hospitalizado na semana passada após ter perdido 12 quilos, mas o tribunal recusou a sua libertação sob caução.
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