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Bulgária anuncia expulsão de um novo diplomata russo

A Bulgária anunciou esta quinta-feira a expulsão de um novo diplomata russo, um dia após as revelações do procurador que investiga o alegado envolvimento de seis russos em quatro explosões ocorridas entre 2011 e 2020 em depósitos de munições.

Bulgária anuncia expulsão de um novo diplomata russo
Notícias ao Minuto

13:57 - 29/04/21 por Lusa

Mundo Diplomatas

"O ministério dos Negócios Estrangeiros declarou 'persona non grata' este diplomata e "pediu às autoridades russas uma cooperação plena nas investigações" em curso, segundo um comunicado.

Por sua vez, a chefe da diplomacia, Ekaterina Zaharieva, preveniu que poderão ser adotadas nos próximos dias "ações de retaliação suplementares".

A Bulgária, membro da União Europeia e da NATO, também mantém estreitas relações económicas e culturais com a Rússia, com longa tradição, mas o surgimento de diversos casos de espionagem desde outubro de 2019 motivou crispações entre as duas capitais.

Com o anúncio de hoje, oito diplomatas russos e um assistente técnico na embaixada já foram expulsos desde o início das tensões entre Sófia e Moscovo.

Na quarta-feira o procurador emitiu alegações sobre a atividade de cidadãos russos no país e convocou a embaixadora da Rússia em Sófia.

Estas decisões coincidem com a multiplicação das expulsões de diplomatas russos na Europa num contexto de acusações de espionagem, ciberataques ou ingerência eleitoral.

"No decurso do inquérito ficou demonstrado que seis cidadãos russos se mantiveram algum tempo em território búlgaro e perto das datas das explosões", indicou Siyka Mileva, a porta-voz do procurador.

"As provas fiáveis de que dispomos levam-nos a concluir que o objetivo consistia em impedir as entregas" de munições à Ucrânia e à Geórgia, acrescentou.

Segundo a porta-voz, os dois locais atingidos, em 2011 e 2015, eram utilizados pela companhia Emco do comerciante de armamento búlgaro Emilian Gebrev, ele próprio vítima em abril de 2015 de uma tentativa de envenenamento, juntamente com o seu filho e um dos responsáveis da empresa.

A magistrada referiu-se a "suspeitas extremamente fundamentadas" e que podem indicar uma ligação entre estes diferentes acontecimentos.

Foi ainda estabelecido um paralelo com "os graves crimes registados em território de outros países", numa alusão à explosão num depósito de armas checo em 2014 com um balanço de dois mortos e à tentativa de envenenamento com Novitchok do ex-agente duplo Serguei Skripal no Reino Unido em 2018.

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