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Biden acelera admissão de refugiados e prepara aumento de total

Os Estados Unidos vão acelerar as admissões de refugiados, através de um decreto de emergência do presidente norte-americano, Joe Biden, e preparam-se para aumentar a meta historicamente baixa de 15 mil pessoas a admitir, definida pelo seu antecessor. 

Biden acelera admissão de refugiados e prepara aumento de total
Notícias ao Minuto

06:26 - 17/04/21 por Lusa

Mundo Refugiados

O decreto irá ajustar os limites de alocação de admissões de refugiados por origem, que fontes governamentais disseram à AP ser o fator determinante na atual baixa admissão de refugiados, aumentando vagas para oriundos de África, Médio Oriente e América Central e suspendendo restrições aos da Somália, Síria e Iémen.

Desde o início do ano fiscal, a 01 de outubro, pouco mais de 2.000 refugiados foram admitidos nos Estados Unidos, mas as autoridades acreditam que o processo ganhe ímpeto com o novo decreto, permitindo admissões mais rápidas de refugiados já selecionados e examinados.

Em fevereiro, fontes governamentais citadas pela AP apontavam para o objetivo de admitir 62.500 refugiados até final de setembro deste ano e em 2022 duplicá-lo para 125 mil.

A manutenção da meta de 15 mil refugiados suscitou críticas de setores próximos do partido democrata, obrigando a Casa Branca a reagir através da porta-voz Jen Psaki, que afirmou que a meta será revista em alta até 15 de maio, embora admitindo ser "improvável" que chegue aos 62.500 ?refugiados anteriormente pretendidos??????, dadas as atuais dificuldades de gestão do programa.  

"Nas últimas semanas, [Biden] tem consultado os seus conselheiros para determinar o número de refugiados que podem ser admitidos de forma realista nos Estados Unidos entre agora e 1 de outubro", acrescentou Pskai.

O objetivo de 125 mil refugiados, anunciado por Biden durante a campanha, está posto de parte devido aos constrangimentos causados pela pandemia do novo coronavírus e ainda à necessidade de repor o programa de admissão de refugiados, em grande parte desmantelado pelo anterior executivo. 

A queda na admissão de refugiados ao longo dos últimos 4 anos levou ao corte do financiamento de programas de apoio ao reassentamento, encerramento de gabinetes de acompanhamento e despedimento dos respetivos funcionários.

O atual máximo de admissão de refugiados, 110 mil, foi definido no final do mandato do ex-presidente Barack Obama.

Historicamente, a média de admissões anuais de refugiados manteve-se próxima de 95 mil, com Administrações republicanas e democratas, até Donald Trump, que argumentou que os cortes eram necessários para proteger postos de trabalho norte-americanos e que os refugiados deveriam reassentar mais próximo dos seus países de origem.

Co-patrocinador da lei que criou o programa de refugiados em 1980, Biden defendeu em fevereiro que manter a porta aberta do país àqueles que fogem de conflitos ou perseguição é parte do processo de "recuperar a alma da nação" norte-americana.  

O decreto hoje assinado prevê que cerca de 7.000 vagas estarão reservadas para refugiados de África, 1.000 do Leste Asiático, 1.500 da Europa e Ásia Central, 3.000 da América Latina e Caraíbas, 1.500 do Médio Oriente e Sul da Ásia e as restantes 1.000 vagas para reserva, a ser usadas conforme necessário.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse hoje que o atraso na atuação de Biden deveu-se ao tempo necessário "para ver e avaliar quão ineficaz, ou quão destruído em alguns aspetos, o sistema de processamento de refugiados se tornou".

"Tivemos que reconstruir alguns desses músculos e colocá-los de volta no lugar', adiantou.

Outro fator, adiantou, foi o ritmo recorde de migrantes desacompanhados a atravessar a fronteira norte-americana com o México, que obrigou a desviar recursos de verificação, processamento e reassentamento de refugiados. 

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