Organizações islâmicas pedem a Família Franciscana que evite divisão

A Comissão Conjunta, que congrega o Conselho Nacional Islâmico e Conselho Superior Islâmico guineense, apelou à Família Franciscana da Guiné-Bissau para evitar dividir a população através de "posicionamentos políticos".

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Mussá Baldé
13/04/2021 12:33 ‧ 13/04/2021 por Mussá Baldé

Mundo

Guiné

 

A posição da Comissão Conjunta consta de um comunicado, a que a Lusa teve acesso, em que o espaço de concertação dos muçulmanos reagiu ao posicionamento da Família Franciscana, emitido na semana passada, em que aquela congregação afirmou que o país está a "regredir, a viver uma crise com instrumentalização política de identidades étnicas e religiosas".

"Numa análise séria e isenta de oportunismos políticos e de uma pretensa sobrançaria religiosa, a Comissão Conjunta até a poderia considerar minimamente aceitável e até justificável caso a Guiné-Bissau não se confrontasse com os graves problemas originados e consequências da covid-19", lê-se no comunicado.

Para as organizações islâmicas que assinam o documento, "o momento atual exige que todas as forças vivas da nação se unam ao lado das instituições políticas e sociais" do país.

A Comissão Conjunta das organizações muçulmanas entende que o posicionamento da Família Franciscana, quando relaciona as agressões aos cidadãos com uma alegada crise política, jurídica, económica e sanitária "é um claro convite à desordem e à desunião" entre os guineenses.

A comissão refere ainda que a Guiné-Bissau acabou de realizar eleições legislativas e presidenciais há um ano e neste momento está a consolidar as instituições eleitas.

"Se Roma e Pavia não foram construídas num dia, muito menos um país como o nosso poderá vencer os imensos desafios que tem pela frente", notou a Comissão Conjunta dos muçulmanos.

A congregação refere também que não quer acreditar que o posicionamento da Família Franciscana se deva ao facto de o atual Presidente guineense ser "um republicano muçulmano".

Lembra que no passado os problemas do país eram abordados "de forma responsável" num fórum de todas as congregações religiosas do país e admite que muitos dos factos evocados pela Família Franciscana "são elementos atuais".

A Comissão Conjunta enfatiza a existência de movimentos 'jihadistas' na sub-região em que se encontra a Guiné-Bissau para chamar a atenção sobre a necessidade de os assuntos serem abordados com "argúcia e responsabilidade" para que as soluções a serem encontradas não possam ser objeto de aproveitamentos condenáveis, salientam os signatários do comunicado.

 

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