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China nomeia "lobo guerreiro" como enviado para Coreia do Norte

A China nomeou Liu Xiaoming, ex-embaixador no Reino Unido que pela sua postura confrontacional é considerado um dos "lobos guerreiros" da diplomacia do país, para representante especial encarregado das negociações sobre questões nucleares da Coreia do Norte.

China nomeia "lobo guerreiro"  como enviado para Coreia do Norte
Notícias ao Minuto

06:22 - 13/04/21 por Lusa

Mundo Diplomacia

Liu, que também foi embaixador da China na Coreia do Norte de 2006 a 2010, deve também tornar-se no principal representante da China em negociações sobre os assuntos nucleares de Pyongyang, que envolvem as duas Coreias, China, Japão, Rússia e os Estados Unidos, adianta a agência Kyodo. 

As negociações a seis foram lançadas em 2003, mas encontram-se paralisadas desde dezembro de 2008, depois de a Coreia do Norte se ter retirado em 2009, protestando contra a condenação da ONU dos seus programas nucleares e de mísseis.

O cargo de representante especial chinês para assuntos da Península Coreana estava efetivamente vago desde que Kong Xuanyou se tornou embaixador da China no Japão em 2019.

Liu Xiaoming destacou-se nos últimos anos pela sua postura agressiva e confrontacional, que faz com que seja considerado um dos novos "lobos guerreiros" da diplomacia chinesa, ativos nas redes sociais e com centenas de milhares de seguidores.

Numa entrevista à BBC em junho do ano passado sobre as políticas chinesas para a província de Xinjiang, onde segundo os Estados Unidos está em curso um "genocídio" contra a minoria muçulmana uigur, o diplomata acusou a emissora britânica de espalhar "notícias falsas".

"Os fatos mostram o oposto. As pessoas em Xinjiang desfrutam de uma vida feliz. Elas pedem que a ordem seja restaurada em Xinjiang", disse Liu Xiaoming.

Em relação ao Reino Unido, o maior ponto de tensão foi a situação de Hong Kong, tendo Liu acusado o Governo britânico de interferir nos assuntos do território e fomentar os protestos na antiga colónia britânica.

As declarações valeram-lhe ser chamado ao Ministério das Relações Exteriores britânico, que considerou as declarações "inaceitáveis e imprecisas".

Em resposta a críticas britânicas à aplicação da nova Lei de Segurança Nacional chinesa em Hong Kong, Liu afirmou que o Reino Unido "vai arcar com as consequências de tratar a China como um país hostil". 

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