Fox apoia Tucker Carlson depois de Liga Anti-Difamação pedir despedimento
A Fox Corporation demonstrou apoio ao comentador político Tucker Carlson, depois de na semana passada a Liga Anti-Difamação (ADL, sigla em inglês) ter instado a empresa a despedi-lo por ter defendido a teoria supremacista-branca da 'grande substituição'.
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Mundo EUA
Numa carta enviada no domingo ao grupo de direitos civis, citada pela agência norte-americana The Associated Press (AP), o diretor executivo da Fox Corporation, Lachlan Murdoch, afirma que Tucker Carlson tinha "condenado e rejeitado a teoria da substituição" quando disse na quinta-feira, "'Teoria da substituição dos brancos? Não, não, esta é uma questão de direito de voto'".
Numa resposta enviada na segunda-feira a Lachlan Murdoch, a ADL insiste que Tucker Carlson usou linguagem supremacista-branca, ainda que alegue não o ter feito.
"A tentativa de o senhor Carlson inicialmente rejeitar essa teoria, embora de seguida a tenha defendido sob a capa de 'uma questão de direito de voto', não lhe dá permissão de invocar um tropo da supremacia branca", escreveu o diretor executivo da ADL, Jonathan Greenblatt, citado pela AP.
A 'teoria da substituição' defende que os não brancos estão a substituir os brancos no Ocidente, apoiados por judeus e políticos progressistas.
Na quinta-feira, no programa Fox News Primetime, Tucker Carlson "abraçou uma teoria fundamental da supremacia branca", defendeu a ADL.
No programa, o comentador afirmou que "a esquerda e todos os pequenos guardiões do Twitter ficam literalmente histéricos se alguém usa o termo 'substituição', se alguém sugere que o Partido Democrata está a tentar substituir o atual eleitorado com novas pessoas, eleitores mais obedientes do Terceiro Mundo".
Tucker Carlson acrescentou que tem "menos poder político porque estão a importar um novo eleitorado".
A ADL listou ainda inúmeras ocasiões em que Tucker Carlson usou linguagem anti-imigrantes no passado, incluindo culpar a imigração por tornar os Estados Unidos mais "pobres, e sujos, e mais divididos", e questionou que a supremacia branca seria real.
Lachlan Murdoch recordou na sua carta que a ADL tinha honrado o seu pai, Ruperto Murdoch, com um prémio de liderança. Jonathan Greenblatt respondeu que o prémio foi atribuído "há mais de uma década", e deixou claro "que hoje não seria". "E [o prémio] não o absolve a si, a ele, à cadeia [de televisão] ou à sua administração do falhaço moral de não agir em relação ao senhor Carslon", acrescentou.
Contactada pela AP, a Fox declinou comentar a nova carta da ADL.
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