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Kiev acusa Moscovo de ignorar pedido de Zelensky para falar com Putin

A sugestão do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para um contacto telefónico com o seu homólogo russo Vladimir Putin, sobre o agravamento das tensões no leste da Ucrânia, não obteve resposta até ao momento, indicou hoje a sua porta-voz.

Kiev acusa Moscovo de ignorar pedido de Zelensky para falar com Putin
Notícias ao Minuto

17:45 - 12/04/21 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"O Kremlin emitiu o pedido para uma conversa com Vladimir Putin. Até ao momento não recebemos resposta e esperemos que não signifique uma recusa do diálogo", disse Iuliia Mendel à agência noticiosa Associated Press.

O pedido foi dirigido em 26 de março, quando quatro soldados ucranianos foram mortos num ataque de morteiro no leste, acrescentou.

Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, indicou que não receberam qualquer pedido de Zelensky "nos próximos dias" e desconhece se o pedido entretanto chegou.

As declarações surgem num momento de escalada das tensões no leste ucraniano, onde os separatistas russófonos e as forças ucranianas estão envolvidas num conflito logo após a anexação por Moscovo da península da Crimeia, em março de 2014.

Mais de 14.000 pessoas foram mortas, e os esforços para uma solução negociada permanecem num impasse.

Responsáveis ucranianos e ocidentais também expressaram nas últimas semanas preocupação pelas crescentes violações do cessar-fogo na área de conflito.

Na última semana, têm sido emitidos relatórios diários sobre baixas militares ucranianas, e os rebeldes também anunciaram baixas nas suas fileiras.

Hoje, os militares ucranianos anunciaram a morte de mais um soldado, elevando para 28 o total de baixas desde o início de 2021.

Em paralelo, concentração de tropas russas ao longo da fronteira com a Ucrânia suscitou preocupações em Kiev e no Ocidente.

Zelensky é esperado em breve em Paris para conversações com o Presidente Emmanuel Macron sobre as movimentações militares russas e a escalada das tensões na zona de conflito, acrescentou Mendel.

A porta-voz referiu que a Rússia concentrou 41.000 militares na sua fronteira com o leste da Ucrânia e outros 42.000 na Crimeia.

Estes números deverão aumentar porque "continuam a chegar" tropas, disse.

O Kremlin argumenta que a Rússia tem todo o direito de deslocar tropas para qualquer zona do seu território, e tem acusado repetidamente os militares ucranianos de "ações provocatórias" ao longo da linha de controlo no leste e planos para retomar pela força as regiões controladas pelos rebeldes pró-russos.

Responsáveis do Kremlin também assinalaram que as ações de Kiev ameaçam a segurança da Rússia, e advertiram que a Rússia poderá intervir para proteger as populações russófonas do leste.

No decurso de uma deslocação ao Egito, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou que "o atual regime em Kiev pode promover ações irresponsáveis numa tentativa para restaurar o seu apoio".

Leia Também: Rússia diz que não haverá guerra com Ucrânia e EUA prometem consequências

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