Aung San Suu Kyi é alvo de novos processos

A ex-líder civil Aung San Suu Kyi, afastada do poder de Myanmar após o golpe militar em fevereiro, foi hoje alvo de novos processos, enquanto a repressão das forças de segurança continua a atingir os manifestantes nas ruas.

Notable Gemini winners: Aung San Suu Kyi

© Getty Images

Lusa
12/04/2021 15:19 ‧ 12/04/2021 por Lusa

Mundo

Aung San Suu Kyi

 

Aung San Suu Kyi, que de facto chefiava o Governo birmanês, está em prisão domiciliária em Naypyidaw desde o golpe militar de 01 de fevereiro.

A ex-líder de 75 anos, vencedora do Prémio Nobel da Paz em 1991, está a ser processada por uma série de acusações que podem impedi-la de exercer o poder novamente.

"Aung San Suu Kyi foi mais uma vez acusada com base na Lei de Gestão de Desastres Naturais", disse o seu advogado Min Min Soe à agência de notícias AFP, após uma audiência em Naypyidaw, onde a líder compareceu através de videoconferência.

Aung San Suu Kyi, que já tinha sido acusada com base na mesma lei em meados de fevereiro, "está a ser acusada seis casos no total, cinco em Naypyidaw e um em Rangum", acrescentou o seu advogado, indicando que a ex-líder do país parecia estar bem de saúde.

A acusação mais grave que pesa sobre Aung San Suu Kyi foi a imputada em 25 de março, de ter violado a lei sobre segredos de Estado da época colonial.

A ex-líder também está a ser processada por ter importado ilegalmente 'walkie-talkies', por "incitar distúrbios públicos", por recebido mais de um milhão de dólares e 11 quilos de ouro em subornos, mas ainda não foi indiciada por "corrupção".

Se for considerada culpada, enfrentará longos anos de prisão, correndo o risco de ser banida da vida política.

Os militares estão a reprimir, cada vez mais, o movimento pró-democracia que levou nas últimas semanas milhares de birmaneses às ruas e greves em muitos setores da economia.

As manifestações quase diárias para exigir a libertação de Aung San Suu Kyi e o retorno da democracia são reprimidas com violência pelas forças de segurança.

De acordo com os dados da Associação de Assistência a Presos Políticos (AAPP), a repressão deixou já 701 mortos desde 01 de fevereiro. A junta militar deu conta de 248 mortos.

Cerca de 3.000 pessoas foram presas, de acordo com a AAPP.

Leia Também: 82 mortos em Myanmar num só dia em ação das forças de segurança

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