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EUA retomam ajuda aos palestinianos com 200 milhões de euros

Os Estados Unidos anunciaram hoje a retoma da ajuda financeira aos palestinianos, interrompida durante a Presidência de Donald Trump, que vai chegar aos 235 milhões de dólares (cerca de 200 milhões de euros).

EUA retomam ajuda aos palestinianos com 200 milhões de euros
Notícias ao Minuto

19:49 - 07/04/21 por Lusa

Mundo Antony Blinken

"A ajuda norte-americana ao povo palestiniano atende aos interesses e valores dos Estados Unidos. Fornece uma ajuda crucial aos necessitados, promove o desenvolvimento económico e apoia o diálogo israelo-palestiniano, a coordenação de segurança e a estabilidade", afirmou o secretário de Estado, Antony Blinken, em comunicado.

O embaixador israelita nos Estados Unidos, Gilad Erdan, reagiu dizendo estar "dececionado" com a decisão norte-americana.

"Expressei a minha deceção e desacordo com a decisão de retomar o financiamento da UNRWA [agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos] sem primeiro garantir que certas reformas sejam realizadas, visando, em particular, um ponto final do incitamento [ao antissemitismo] e remover o conteúdo antissemita dos programas escolares", comentou Gilad Erdan em comunicado.

Em específico, a Administração norte-americana de Joe Biden vai destinar 126 milhões de euros para a UNRWA, 63 milhões de euros para assistência a Gaza e Cisjordânia e 8,4 milhões de euros para programas de consolidação da paz, que vai canalizar através da sua Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

Blinken explicou que todos esses fundos somam-se aos 12,6 milhões de euros que o governo de Biden anunciou em fevereiro para apoiar os palestinianos durante a pandemia de covid-19 e combater a insegurança alimentar na região.

"Os EUA estão profundamente comprometidos em garantir que a nossa colaboração com a UNRWA promova neutralidade, responsabilidade e transparência", vincou.

O chefe da diplomacia norte-americana pediu também um avanço para uma saída do conflito israelo-palestiniano baseada numa solução de dois Estados.

Essa abordagem da Administração de Biden contrasta com a de Trump, que focou a sua estratégia para o Médio Oriente em medidas e propostas rejeitadas frontalmente pelas autoridades palestinianas e que incluíram acordos históricos entre países árabes e Israel, que mudaram o paradigma regional do conflito.

As decisões do governo anterior levaram a Autoridade Palestiniana a romper relações com Washington, especialmente depois do reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, contra o consenso internacional.

O governo de Biden já deixou claro em diversas ocasiões que deseja reparar essas relações e que está comprometido com uma solução de dois Estados, em linha com o defendido pela maioria da comunidade internacional.

Leia Também: EUA admitem abordagem "diplomática" com a Coreia do Norte

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