"A refinaria de petróleo de Riade foi atacada por 'drones', que desencadeou um incêndio que está já controlado", anunciou o Ministério da Energia saudita, que garantiu não existirem vítimas e que a produção e distribuição de crude não foi afetada.
A Arábia Saudita condenou veementemente o ataque, considerando que visou "a segurança e a estabilidade dos suprimentos mundiais de energia" e apelou à comunidade internacional que se oponha às "ações terroristas", lembrando que, quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU condenou a violência dos Huthis.
Os rebeldes xiitas Huthis já reivindicaram o ataque, lançado a partir do Iémen, indicando que foi efetuado por seis 'drones' que visavam atingir a gigante petrolífera Saudi Aramco, na capital do país, em mais uma ação que se enquadra na intensificação dos bombardeamentos a interesses sauditas no contexto do conflito iemenita.
Os Huthis intensificaram os ataques contra objetivos no sul da Arábia Saudita desde que, no início de fevereiro, a administração do novo Presidente dos Estados Unidos, de Joe Biden, ter anunciado que iria retirar o apoio às ações ofensivas da coligação árabe, liderada por Riade, no Iémen.
Os ataques com mísseis e com 'drones' carregados com explosivos atingiram o auge entre 05 e 07 deste mês, com o lançamento de várias dezenas deste tipo de aparelhos aéreos não tripulados, que atingiram o porto oriental de Tas Tanura e instalações da Saudi Aramco, sem provocar danos.
Os Huthis têm reivindicado os ataques contra a Arábia saudita e também contra os Emirados Árabes Unidos.
A coligação militar árabe é liderada pelos sauditas desde março de 2015, meses depois de os rebeldes tomarem a capital do Iémen, Sanaa.
A guerra chegou a um impasse desde então, com a Arábia Saudita a enfrentar críticas internacionais pelos ataques aéreos que estão a matar civis.
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