Numa declaração aprovada por unanimidade, o Conselho de Segurança condenou a escalada das hostilidades e advertiu que põe em perigo o milhão de pessoas deslocadas internamente na zona, ao mesmo tempo que condenou os recentes ataques dos Huthis contra a Arábia Saudita.
Além disso, os combates ameaçam as tentativas de pôr fim à guerra no Iémen "numa altura em que a comunidade internacional está cada vez mais unida para pôr fim ao conflito", diz o texto.
Assim, o Conselho de 15 membros exortou todas as partes a trabalharem com o enviado especial da ONU, Martin Griffiths, para negociar um cessar-fogo a nível nacional e uma solução política para a guerra que tem afligido o país desde finais de 2014.
O Conselho de Segurança também manifestou o seu alarme perante a situação humanitária que o Iémen enfrenta e salientou a importância de facilitar o fornecimento de ajuda e combustível através do porto de Al-Hodeida, um ponto estratégico controlado pelos rebeldes.
A mensagem do principal órgão decisório da ONU veio depois de os Estados membros terem discutido, na terça-feira, a situação no Iémen com Griffiths, que disse que o país está a sofrer uma "deterioração dramática" na sua situação humanitária.
As forças rebeldes lançaram a sua ofensiva contra a província estratégica e rica em petróleo de Marib em fevereiro, o que provocou pesadas baixas de ambos os lados.
Esta escalada de hostilidades em Marib coincidiu com um aumento de ataques com 'drones' [aparelhos aéreos não-tripulados] carregados de explosivos contra a vizinha Arábia Saudita e vem depois de a administração norte-americana do Presidente Joe Biden ter retirado o apoio de Washington à coligação dos países árabes.
A guerra no Iémen rebentou no final de 2014, quando os Huthis, um movimento xiita apoiado pelo Irão, conquistaram grandes áreas do oeste e norte do país, incluindo a sua capital, e agravou-se em 2015 com a intervenção da coligação de países árabes liderada por Riade.