Iémen. Centenas de manifestantes invadem palácio presidencial em Aden

Centenas de pessoas estiveram hoje durante cerca de uma hora no palácio presidencial em Aden, capital provisória do Iémen, em protesto contra as más condições de vida e a desvalorização da moeda no país em guerra civil.

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© Reuters

Lusa
16/03/2021 15:23 ‧ 16/03/2021 por Lusa

Mundo

Iémen

 

Segundo a agência France Presse, guardas do palácio dispararam tiros de advertência para o ar, enquanto os manifestantes avançavam, alguns com bandeiras do movimento separatista do sul. Após cerca de uma hora dentro do edifício, a multidão dispersou.

Um responsável do governo indicou à AFP que membros das forças de segurança iemenitas e sauditas tinham escoltado os elementos do gabinete, incluindo o primeiro-ministro Main Said, até um edifício militar situado no complexo presidencial.

Os manifestantes, entre os quais militares na reserva e agentes de segurança, tinham antes desfilado -- gritando "Revolução, revolução no Sul" -- nas ruas do centro desta grande cidade do Iémen, onde se instalou o governo reconhecido pela comunidade internacional.

Disseram à AFP estarem irritados com a falta de serviços públicos e o atraso no pagamento de salários.

O governo iemenita foi formado em dezembro no quadro de um acordo de partilha do poder, negociado sob a égide da Arábia Saudita, entre os ministros fiéis ao presidente Abd Rabbo Mansur Hadi e partidários do Conselho de Transição do Sul (STC, na sigla em inglês), o braço político dos separatistas.

As duas partes combatem os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, mas o STC procura restaurar a independência do sul do país, unificado com o norte em 1990.

Habitantes de Aden consideram que o novo governo nada fez para conter a inflação ou acabar com os frequentes cortes de eletricidade.

A guerra civil entre os rebeldes Huthis e as forças governamentais começou em 2014. Desde 2015 o governo é ajudado por uma coligação militar conduzida por Riade.

Várias dezenas de milhares de pessoas, na maioria civis, foram mortas e milhões foram deslocadas numa guerra que provocou a pior crise humanitário do mundo, segundo a ONU.

Leia Também: HRW acusa rebeldes Huthis de lançar projéteis contra centro de migrantes

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