Segundo a agência France Presse, guardas do palácio dispararam tiros de advertência para o ar, enquanto os manifestantes avançavam, alguns com bandeiras do movimento separatista do sul. Após cerca de uma hora dentro do edifício, a multidão dispersou.
Um responsável do governo indicou à AFP que membros das forças de segurança iemenitas e sauditas tinham escoltado os elementos do gabinete, incluindo o primeiro-ministro Main Said, até um edifício militar situado no complexo presidencial.
Os manifestantes, entre os quais militares na reserva e agentes de segurança, tinham antes desfilado -- gritando "Revolução, revolução no Sul" -- nas ruas do centro desta grande cidade do Iémen, onde se instalou o governo reconhecido pela comunidade internacional.
Disseram à AFP estarem irritados com a falta de serviços públicos e o atraso no pagamento de salários.
O governo iemenita foi formado em dezembro no quadro de um acordo de partilha do poder, negociado sob a égide da Arábia Saudita, entre os ministros fiéis ao presidente Abd Rabbo Mansur Hadi e partidários do Conselho de Transição do Sul (STC, na sigla em inglês), o braço político dos separatistas.
As duas partes combatem os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, mas o STC procura restaurar a independência do sul do país, unificado com o norte em 1990.
Habitantes de Aden consideram que o novo governo nada fez para conter a inflação ou acabar com os frequentes cortes de eletricidade.
A guerra civil entre os rebeldes Huthis e as forças governamentais começou em 2014. Desde 2015 o governo é ajudado por uma coligação militar conduzida por Riade.
Várias dezenas de milhares de pessoas, na maioria civis, foram mortas e milhões foram deslocadas numa guerra que provocou a pior crise humanitário do mundo, segundo a ONU.
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