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Polícia dispersa manifestantes no Bangladesh contra morte de escritor

Dezenas de pessoas ficaram hoje feridas no Bangladesh, depois de a polícia ter disparado balas de borracha e gás lacrimogéneo contra manifestantes que protestavam contra a morte de um escritor na prisão.

Polícia dispersa manifestantes no Bangladesh contra morte de escritor
Notícias ao Minuto

11:45 - 28/02/21 por Lusa

Mundo Conflitos

De acordo com a agência AFP, a cadeia de televisão local Channel 24 está a difundir imagens de caos perto do Clube Nacional da Imprensa, em Dhaka, onde a polícia dispersou a multidão com recurso a cassetetes.

Jovens ativistas do principal movimento de oposição, o Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP), então a atacar a polícia com tubos de plásticos e pedras e esta respondeu com balas de borracha e gás lacrimogéneo, disse à AFP o vice-comissário de polícia de Dhaka, Sazzadur Rahman.

"Eles não tinham autorização" para se manifestar, acrescentou o responsável, para justificar a decisão da polícia de dispersar os manifestantes.

O porta-voz do BNP, Rizvi Ahmed, afirmou que cerca de 30 estudantes ficaram feridos, assim como muitos polícias, tendo um deles ficado hospitalizado.

Segundo a fonte, cerca de 500 pessoas reuniram-se no Clube Nacional de Imprensa com a intenção de criar um cordão humano para protestar contra o tratamento dado ao escritor Mushtaq Ahmed, que morreu na quinta-feira numa prisão de alta segurança, bem como contra a repressão a escritores, jornalistas e ativistas críticos do governo.

Questionado sobre a falta de autorização para o protesto, Ahmed explicou que, anteriormente, não era necessária luz verde para reunir onde eles estavam.

Mushtaq Ahmed, 53 anos, escritor e criador de crocodilos, foi preso em maio após criticar a manipulação do governo da pandemia covid-19 na internet e acusado pela lei de espalhar boatos e se envolver em atividades anti-Estado no Facebook.

As autoridades prisionais anunciaram que o escritor morreu na quinta-feira.

Várias associações nacionais e estrangeiras estão a exigir um inquérito urgente às circunstâncias que levaram à morte do escritor.

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