Administração dos EUA financia Estados no combate a extremistas internos
O Departamento de Segurança Interna norte-americano (DHS, na sigla em inglês) vai financiar o combate ao extremismo violento interno nos Estados e localidades, pela primeira vez, com 77 milhões de dólares (63 milhões de euros).
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Mundo EUA
"Hoje, a mais significativa ameaça terrorista que a nação enfrenta é a de malfeitores isolados e pequenos grupos de indivíduos que cometem atos de violência motivados por crenças ideológicas internas extremistas", afirmou o secretário do DHS, Alejandro Mayorkas, em comunicado hoje divulgado.
Pela primeira vez, 7,5% dos fundos disponibilizados através do Programa Estadual de Segurança Interna e da Iniciativa para a Segurança em Zonas Urbanas, com um valor conjunto de 1.000 milhões de dólares (821 milhões de euros) serão consignados ao combate ao extremismo violento interno, segundo o anúncio do DHS.
Mayorkas já tinha definido o terrorismo interno como uma "Área de Prioridade Nacional", devido ao ataque ao Capitólio a 6 de janeiro por apoiantes do ex-presidente Donald Trump que rejeitavam os resultados das eleições presidenciais, a que se seguiram ameaças contra congressistas e senadores dos dois partidos que deram o seu apoio à transição entre administrações, depois de confirmada a vitória de Joe Biden.
A Administração Biden já apresentou um plano intergovernamental para avaliar e combater a ameaça causada por estes grupos e o nomeado para o cargo de procurador, Merrick Garland, afirmou que a sua principal prioridade será a acusação aos responsáveis pelos incidentes no Capitólio, de que resultaram 5 vítimas mortais.
Na sua audiência de confirmação no Senado, Garland afirmou que os Estados Unidos "estão a enfrentar um período mais perigoso" do que aquele em que se deu o atentado bombista de Oklahoma em 1995, quando o terrorista anti-Governo Timothy McVeigh matou 168 pessoas.
Na sequência da invasão do Capitólio, a 06 de janeiro, por manifestantes pró-Trump, o Congresso acabou por aprovar um pedido de destituição do presidente cessante por "incitação à insurreição", o segundo do seu mandato.
Este processo, que teria culminado no impedimento de Trump vir a candidatar-se futuramente à Presidência, acabou rejeitado no Senado este mês, não tendo recolhido apoios suficientes de senadores republicanos para obter a necessária maioria de dois terços.
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