Os três homens, todos de nacionalidade brasileira, e expulsos na tarde de hoje, serviam de "braço logístico" de Giovanni Barbosa da Silva, conhecido como "Bonitão", entregue ao Brasil no início de janeiro, como informou à imprensa o procurador paraguaio Ysaac Ferreira.
Os detidos nesta operação são Djonathan Agustinho Fuliotto R. Pimentel, considerado o secretário de "Bonitão" e com mandado de captura internacional, Luiz Guilherme Dutra Toppam, apelidado de "Coixinha", e o advogado Pedro Martins Aquino, segundo a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) paraguaia.
Além disso, todos estavam numa situação de imigração "irregular", destacou Ferreira.
"São braços operacionais do PCC. Estamos a comunicar-nos com as migrações para entregar essas pessoas à Polícia Federal do Brasil, em conjunto com a Direção de Migração, pela referida situação irregular, e colocar essas pessoas à disposição da justiça brasileira", disse Ferreira.
O procurador frisou ainda que esses grupos substituem "automaticamente" o seu líder, aludindo a "Bonitão", que era considerado pelo Ministério Público como o novo líder do PCC no Paraguai, antes da sua captura e expulsão do país em janeiro.
O Presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, decretou a sua "expulsão imediata" depois que dezenas de homens armados tentaram resgatar "Bonitão" da esquadra onde estava detido.
O procedimento de hoje faz parte da Operação Fronteira Segura, tarefa conjunta de inteligência da Senad e da Polícia Federal do Brasil.
A localidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil, é uma das áreas mais perigosas do país devido à presença de grupos de narcotraficantes e fações rivais.
No início de 2020, 76 presos, na sua maioria do PCC ou relacionados a essa fação, escaparam da prisão de Pedro Juan Caballero através de um túnel escavado durante uma semana.
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