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Iémen: Enviado especial dos EUA reúne-se com ministro saudita após retirada de apoio

O novo enviado especial dos Estados Unidos para o Iémen reuniu-se hoje pela primeira vez com o chefe da diplomacia saudita para analisar o conflito iemenita após Washington anunciar a retirada do apoio à coligação árabe liderada por Riade.

Iémen: Enviado especial dos EUA reúne-se com ministro saudita após retirada de apoio
Notícias ao Minuto

16:42 - 10/02/21 por Lusa

Mundo Iémen

Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita indica que Faisal bin Farhan recebeu em Riade Tim Lenderking, tendo abordado os desenvolvimentos da situação no Iémen" e "os esforços comuns para se alcançar uma solução política".

No documento, que não adianta pormenores, acrescenta que na reunião esteve também presente o embaixador da Arábia Saudita no Iémen, Mohamed bin Said al-Jaber.

Trata-se da primeira vez que, desde que foi nomeado, a 04 deste mês, que Lenderking se reúne presencialmente com as autoridades sauditas, apenas uma semana depois de o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter anunciado o fim de "todo o apoio norte-americano" às operações ofensivas na guerra no Iémen, incluindo as "relevantes vendas de armamento".

A decisão pressupõe o fim do apoio norte-americano à coligação árabe liderada por Riade, que luta contra os rebeldes Huthis iemenitas numa ajuda ao Governo internacionalmente reconhecido pela ONU de Abdou Rabou Mansour Hadi, exilado na Arábia Saudita

A retirada do apoio afeta as ofensivas da coligação árabe no Iémen, em como a venda de armamento militar a Riade e aos Emirados Árabes Unidos, país que tem integra a aliança e que obteve recentemente o consentimento do anterior executivo norte-americano, liderado por Donald Trump, para a compra de aviões de combate F-35.

No entanto, a decisão de Biden não vai afetar as operações norte-americanas contra a Al-Qaida na península arábica, que irão prosseguir.

Biden comprometeu-se a defender a "soberania e a integridade territorial" da Arábia Saudita, país que tem sido alvo de ataques com mísseis por parte de milícias pró-iranianas na região, especialmente nos rebeldes Huthis no Iémen.

A reunião de hoje ocorreu no mesmo dia em que um avião civil de passageiros foi incendiado no aeroporto internacional de Abha, no sudoeste da Arábia Saudita, na sequência de um ataque com 'drones' lançado pelos rebeldes Huthis, que não provocou vítimas.

A guerra no Iémen começou em finais de 2014, quando os rebeldes Huthis conquistaram várias áreas do oeste e do norte do país, incluindo a capital Sanaa, com o conflito a agravar-se no ano seguinte com a intervenção da coligação de vários países árabes, liderada pela Arábia Saudita, em apoio ao Governo internacionalmente reconhecido.

As Nações Unidas consideram a situação no Iémen como a maior tragédia humanitária no mundo e estima que cerca de 80% da população necessita de algum tipo de assistência para cobrir as suas necessidades básicas.

Leia Também: Ataque de rebeldes Huthi provoca incêndio em avião na Arábia Saudita

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