Esta reunião, por iniciativa da Estónia, membro não permanente do CS, deverá decorrer em 03 de fevereiro após as consultas mensais sobre a vertente química do dossiê sírio, e será oficialmente centrada no suposto envenenamento do opositor russo em 2020, explicou um diplomata sob anonimato.
Nessa ocasião, e segundo a mesma fonte, será provável que "países mencionem a situação" atual de Navalny, em detenção desde o seu recente regresso à Rússia e cuja libertação foi exigida durante manifestações na Rússia e ainda pelos Estados Unidos e europeus, num tema que se arrisca a originar novas tensões com Moscovo,
O diplomata considerou ainda que esses países vão provavelmente sublinhar "aquilo que o regime faz aos seus opositores".
A Rússia não pode opor-se a esta reunião devido ao seu formato restrito, informal e à porta fechada, que permite que qualquer membro do CS evoque um assunto à sua escolha. Mas Moscovo deverá contestar com firmeza a sua organização, ao sublinhar que o dossiê Navalny não constitui uma ameaça à paz e à segurança do mundo.
O embaixador adjunto da Rússia na ONU, Dmitri Polyanskiy, sublinhou esta semana que o caso do opositor russo constitui "um assunto interno da Rússia". "É por isso que não aceitamos nem aceitaremos qualquer ingerência estrangeira neste caso", sublinhou.
O diplomata russo também denunciou as "informações exageradas e falsas sobre presumidas brutalidades policias sobre os manifestantes", e considerou que recentemente ocorreram casos mais graves nos Estados Unidos ou nos Países Baixos.
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